Part I

574 25 1
                                    

Bom, sou Marília, tenho 17 anos, moro no Vidigal, meu pai foi juíz e minha mãe advogada. Era filha única, até um certo tempo. Mas isso vocês irão saber ao decorrer da história.

Eu tinha 16 anos quando meus pais foram brutalmente assassinados, a sangue frio, sem mais e nem menos, de uma hora pra outra.

Eu estava vindo da escola com meu motorista Charles, chegando próximo ao meu prédio e ele estava cercados de civis (como eu fui criada entre juiz e advogada, sei um pouco de direito, e sei que onde tem civil tem defunto), meu coração se apertou quando cheguei mais perto, paramos o carro numa calçada qualquer, e fomos até um dos policiais perguntar.

Charles: Olá, boa tarde! Somos moradores do prédio, essa é a Marília Albuquerque e eu sou mot...

Fomos interrompidos pelo policial

Xxx: Marília? Filha do Sr e Sra Albuquerque?

Marília: Sim, sou! Porque? O que aconteceu.

Xxx: Eu sinto muito em informar, pois seus pais estão mortos!

Naquele momento, meu mundo parou, eu não sabia o que fazer, não sabia o que falar, eu não tinha chão, meu corpo flutuava, minha mente só pronunciava as palavras daquele policial. Do nada minha vista foi escurecendo e depois daí eu não lembro muito bem.

Acordei no hospital, com vários fios colados no meu corpo, eu levantei bem rápido e vi Anna minha babá, numa cadeira chorando.

Marília: Anna? Anna? -Ela olhou espantada. Tive um sonho horrível, onde eu tô? Cadê o pai e a mãe? Eles não vieram ficar comigo? -Anna só ficava em silêncio. Chamei Anna novamente. Anna?

Anna: Minha querida! -disse com os olhinhos tristes!

Marília: Cadê meus pais? -Disse já chorando.

Anna: Eu sinto muito!

Chorei muito naquele hospital, não quis comer, não quis beber, não quis tomar banho, não quis nada, só queria meus pais ali, brigando por eu estar de birra e não querer comer.

Depois de tanto choro, caí no sono e fui acordada pelo médico para tomar medicação. O médico conversou um pouco comigo e me disse que amanhã já teria alta.

Acordei no dia seguinte, tomei banho, tomei café e esperava o Charles pra irmos para aquele apartamento, vazio, cheio de tristeza e angústia!

Charles chegou e então eu e Anna somos em direção a portaria para pegar o carro.

QUANDO TUDO MUDOU [concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora