//JUNGKOOK
– Jimin, você lembra de Jeon Jungkook? – A voz de Namjoon puxou Jimin da quase hipnose em que se encontrava. – Ele e Taehyung eram muito amigos.
Estendi a mão em uma saudação rápida, completamente ciente dos olhos julgadores que me analisavam. Jimin levou algum tempo constrangedor para apertar sua palma gelada e levemente ferida contra a minha.
Internamente, me permiti sorrir pequeno com seu embaraço.
– S-sim...eu lembro. – Ele gaguejou, apreensivo. – O que faz aqui?
– Jimin. – Yoongi o repreendeu, constrangido por ele. Jimin pouco se lixou.
Escolher justamente aquela pergunta não foi por acaso. Jimin sabia que era estúpido questionar o motivo de minha visita, ainda mais quando Namjoon já recordou que eu e seu falecido noivo éramos melhores amigos.
Embora sua audácia tenha me irritado, as bochechas avermelhadas de Jimin pareciam despertar em mim uma vontade crescente em provoca-lo.
– Você não soube? – Dei de ombros ligeiramente. – Meu melhor amigo faleceu e eu vim para o velório.
Hoseok tossiu, engasgando com sua bebida gelada. Então, numa tentativa de amenizar o clima, acrescentei numa entonação ácida:
– Taehyung me convidou algumas semanas atrás para ser seu padrinho de casamento.
Concluindo meu objetivo, Jimin apertou os punhos fechados, incapaz de reprimir a onda de surpresa e raiva que o tomou. Era tão gostoso cada uma de suas reações, principalmente quando ele umedeceu os lábios volumosos, sem ter a mínima noção do quão estimulante seu ato poderia ser.
Jimin era atraente como o inferno.
– Você? Meu padrinho? Taehyung nunca me disse nada. – Ele estava falando a verdade. Taehyung me pedira segredo quanto a seu convite. Em suas próprias palavras: "preciso amansar Jimin primeiro, Kook. Depois, eu conto para ele". Não era novidade que Jimin não simpatizava comigo. – Mas isso não importa mais. – Ele continuou. – Aliás, por onde você andou? Não lembro de ter te visto o dia todo...
Filho da mãe.
O erro de Jimin foi retribuir a provocação, sem perceber que eu sabia exatamente o que ele estava fazendo. Não foi muito difícil perceber que eu e o garoto que trabalhava como garçom não estávamos sozinhos na suíte. Pelo menos não para mim, um observador nato.
A acanhada movimentação na cortina não me passou despercebida. Isso porque a pequena brecha permaneceu do mesmo modo, sem que voltasse ao seu estado natural, exceto quando comecei a estocar na mão inconsistente do jovem empolgado.
Quem quer que estivesse por trás do acortinado, deixou suas roupas jogadas próximo ao pé da cama, algumas manchas de sangue no azulejo do banheiro e não quis anunciar presença. As inúmeras possibilidades de sua decisão – inclusive estar gostando do que via – me impeliu a continuar.
Terminar o que tínhamos começado poderia ter sido mais difícil do que pensei se não fosse pelo nosso telespectador dando o ar de sua graça. Havia certo prazer perigoso em saber que compartilhávamos a masturbação com um olhar a mais. Se não fosse por isso, eu provavelmente não teria atingido o gozo. O garoto era péssimo no que fazia, apesar de admirar meu membro com uma veemência excitante.
Mas para seu azar, poucas coisas me deixavam mais de mau humor do que transar mal. Então, quando enfim senti-me vazio, a última coisa que queria lidar era com ele desejando prolongar o que já havia acabado. Além do mais, eu estava ansioso demais para descobrir quem era o dono daquelas roupas. Levado a isso, não poupei o meu tom de voz mais gélido para fazê-lo cair fora de uma vez por todas.
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What he didn't tell me • jikook
FanfictionApós a morte repentina de seu noivo Taehyung, a vida de Park Jimin mudou por completo. Encontrando conforto na companhia das pessoas que ama, Jimin não esperava que seu caminho fosse cruzado novamente pelo melhor amigo de seu noivo: o arrogante e de...