[09] brighter than sunshine

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//JUNGKOOK

Desde que voltei de Busan, eu sentia como se precisasse de alguma forma de controle e, naquele momento, eu o estava exercendo no trabalho. Nada me dava mais a sensação de dominância do que mergulhar de cabeça nas possíveis escolhas de produções de filmes até o ponto da exaustão.

Se isso impedia ou não do nome Park Jimin rondar a minha mente, o importante era que eu conseguia mantê-lo longe dos meus pensamentos por pelo menos algumas horas.

Eu não estava acostumado a negar para mim mesmo o que eu queria. Desde que assumi a produtora e expandi o meu nome – e consequentemente os dígitos na conta bancária –, eu sempre conseguia o que queria.

Jimin era a minha exceção. Mesmo com a morte de Taehyung, eu sentia que não podia tê-lo em toda a sua fragilidade. Eu não podia beija-lo o quanto quisesse, respirar o seu cheio viciante e dividir seus lábios carnudos com o meu pênis. Eu não podia.

Se ao menos eu conseguisse não me atingir por aqueles olhos estúpidos em linhas horizontais tão cheios de bondade. Tudo nele parecia ser autêntico e deliciosamente contraditório: doce, mas ao mesmo tempo feroz e confiante, tímido, mas ao mesmo tempo vibrante.

Talvez fosse o ar de inocência sobre ele numa mistura louca de desejo por coisas que ainda não viveu que tornava quase irresistível a vontade de suja-lo. E para um homem que não tinha um pingo de inocência na veia, essa vontade tornava-se praticamente insuportável.

Foi difícil beija-lo naquele beco escuro, ter seus gemidos nos meus lábios, seu corpo mole por mim e no final da noite, precisar secar suas lágrimas. Ainda com todo o rubor em suas bochechas, seu protesto inicial claramente falso quanto ao meu toque – que tornou a descoberta mais excitante –, Jimin continuava sendo apenas uma fantasia insatisfeita que eu conservava em segredo.

Me convenci de que não fazíamos bem um para o outro.

Eu trazia a recordação constante do pior lado de Taehyung. Ele, por outro lado, me fazia perder o controle que eu tanto estimava. Essa habilidade que ele possuía de conseguir com que eu discorresse sobre a minha vida operava quase como um farol fazendo vigília em busca da ínfima brecha.

A expressão dele funcionava como o canto de uma sereia que levava o navegante a não enxergar a luz intrusiva do farol, a se perder em seus atributos e nunca atingir a terra firme, atrapalhado em fantasia.

Independente do quanto nos cobiçássemos, independente do fato de Jimin conseguir revelar coisas sobre mim que eu nem me dava conta, esse quadro era bem diferente da minha vida real aqui em Seoul.

Esse era o meu eu verdadeiro: o diretor, a pessoa intragável, egocêntrica, grossa, fria e que prezava pela solidão. O restante era ilusão e erro.

Se ao aceitar trazer Solar e sua filha de volta para Seoul eu retomei a consciência de que insistir em ficar em Busan era dar soco em ponta de faca, foi só porque quando olhei para Jimin e o vi tendo uma crise de pânico, eu me lembrei daquela súplica racional de que nem tudo girava em torno do meu desejo.

– Jungkook? – Sihyeon deu duas batidas na porta, entrando no meu escritório logo em seguida. – O encontro para o ensaio dos atores e da equipe técnica está agendado para daqui alguns minutos.

Olhei para o relógio em meu pulso.

– Eu estou atrasado, Lee?

Sua voz era extraordinariamente calma quando ela disse:

What he didn't tell me • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora