What he didn't tell me • jikook

[08] kiss me hard before you go

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//JIMIN

Eu estava beijando Jeon Jungkook

E era inacreditavelmente bom. Seus lábios eram suaves, apesar da aspereza do nosso beijo e eu gostava desse contraste. Arquejei, e ele enfim introduziu a língua na minha boca, procurando pela minha para acariciar. Ele tinha gosto de vinho seco recém degustado e eu fiquei impressionado com o quanto apreciei o sabor, mesmo não sendo fã de vinho seco. Nosso beijo era desesperado e quase selvagem, com uma pitada de agressividade que estava me deixando louco.

Não havia um centímetro meu que não estivesse grudado nele, sentindo cada pedaço do seu corpo e eu estava correspondendo ao beijo, puxando-o mais profundo. Seus dedos que estavam enterrados no meu quadril, se espalharam e desceram deslizando até a minha coxa. Ele soltou o primeiro gemido e o som passou por mim como um choque. 

Queria poder toca-lo, mas se eu o tocasse aquele momento se tornaria tão real ao ponto em que eu não seria mais capaz de parar. Eu sabia que a luxuria já tinha me engolido e eu não conseguiria esconder mais nada sobre como o desejava, mas eu também sabia que bastava um toque para que eu me perdesse de vez nele.

E eu não estava pronto.

– Porra... – Jeon puxou o rosto para trás para recuperar o fôlego e olhar para mim, seus lábios ainda tão perto dos meus que eu pude sentir a vibração de suas palavras: – Beijar você é melhor do que eu imaginei em quatro anos.

Me segurei perfeitamente quieto, os olhos fechados, a boca ainda entreaberta. Ao que parece, ele esperava por uma resposta, mas imaginando que não haveria outro beijo, eu o respondi ficando na ponta dos pés e selando nossos lábios novamente. Ele pareceu não ter entendido, mas tão logo sua língua habilidosa possuía minha boca e a minha a dele.

Eu vivenciei de novo todas aquelas sensações numa atitude que poderia ser considerada masoquista. Não era como se eu estivesse me testando, ou duvidando da possibilidade de quere-lo carnalmente – porque isso já estava mais claro do que água. O que eu procurava era que ele me afeiçoasse em suas mãos como massinha de modelar, me virasse do avesso até que eu pudesse me despedir e deletar tudo como se nunca tivesse acontecido.

Parecendo ler meus pensamentos, Jeon agarrou a parte de trás do meu joelho, suspendendo a minha perna ao redor do seu corpo para em seguida fazer um movimento com a pélvis que me arrancou um gemido constrangedoramente alto, pois tinha ido de encontro ao volume hipersensível dentro da minha calça que pulsava por atenção.

Ele lentamente começou a soltar minhas mãos que estavam acima da cabeça.

Não, não solte, não solte...

Só me dei conta de que elas tinham sido liberadas quando estavam mergulhadas nos cabelos dele, repuxando as mexas finas e sedosas. Isso certamente rendeu um segundo gemido de Jeon e então, eu parei abruptamente, empurrando-o para ganhar um pouco de espaço. Se ele voltasse a se aproximar, eu iria sucumbir. Ainda sentia o poderoso campo atrativo estimulando meu corpo fraco.

Real.

Real, demais.

Tomei alguns minutos para normalizar o ritmo dos meus pulmões, mantendo os olhos fechados. Eu não tinha estômago para abri-los porque eu não queria vê-lo, não queria encarar a realidade. Era o bastante sentir meu corpo suado, desmaranhado e desejoso. Apavorado, imaginei com que aparência eu deveria estar grudado naquela parede como se fosse uma lagartixa.

Por que ainda não estou conseguindo respirar?

– Não faça isso. – Ele atirou, sua voz dura e instável.