Capítulo 18 - O Regresso

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        Assim que saímos do carro, elas estavam à porta de casa, esperando-nos.

        - Viemos assim que pudemos. – Abracei-as. Meridith tinha os olhos inchados de chorar.

        - Obrigada, e desculpem estragar-vos as férias.

        - Oh Lilith, deixem lá isso, há mais dias.

        Klaus aproximou-se de nós. – Trouxemos reforços. Estas são a Joanne e a Jane.

        - Olá. – Disseram elas.

        Lilith fez um ligeiro sorriso ao ver que elas eram gémeas também, mas depressa desapareceu. - Obrigada por terem vindo. Sou a Lilith, esta é a minha irmã Meridith.

        - Olá. – Disse ela, continuando a agarrar-me a mão.

        - Sei que não nos conhecem, mas estivemos muitos anos presas numa casa sem poder sair, a Caroline ajudou-nos e soubemos que precisavam de ajuda. É uma maneira de conhecer melhor o mundo e de encontrarmos a vossa irmã e o Liam, mais depressa.

        - Obrigada, e espero vir-vos a conhecer melhor. – Disse Meridith.

        - Eu não quero parecer mal, mas está mesmo muito frio, e neste momento eu sou a única que o sinto. Podemos ir para dentro para conversarmos?

        - Claro. Além disso está lá a tua mãe. – Acrescentou Lilith.

        - A minha mãe?! – Apressei o passo e entrei em casa. Ela estava sentada no sofá com uma caneca de chá, nas mãos e com a sua farda de xerife. – Mãe. – Chamei. Corri para ela, dando-lhe tempo para ela pousar a caneca e se por em pé. Ela abraçou-me fortemente, como se não nos víssemos à anos. - Tive saudades tuas. – Disse-lhe.

        - Também tive muitas saudades tuas, os dez minutos de conversa ao telemóvel não me chegam amor, e ainda por cima recebo notícias de que tens encontros frequentes com espíritos e que às vezes desmaias.

        - Como sabes? – Perguntei-lhe.

        Klaus entrou a seguir a Lilith e a minha mãe olhou para ele. – Andaste-me a espiar através dele?

        - Não propriamente, eu ligava-lhe e perguntava-lhe se o dia tinha sido exactamente como me tinhas descrito, ele dizia sim ou não.

        Sorri-lhe. – Bruxa má. – Abracei-a de novo e dei-lhe um enorme abraço. – Como vão as buscas?

        - Não muito bem, já fiz alguns feitiços de localização, nada resulta.

        - Que achas que é? – Inquiri.

        - Sinceramente, não sei, querida. O Jim, também desapareceu. Ou seja, segundo as minhas pesquisas, todos os lobisomens da cidade, e atenção que não são muitos, têm vindo a desaparecer.

        - O que achas que estão a tramar?

        - Talvez uma armadilha qualquer… não sei. Não quero supor, sabes que eu gosto de ter certezas, mas não as tenho, neste momento não tenho nenhuma.

        - Com mais tempo chegaremos lá.

        - Bem eu vou indo. A Lilith tinha-me dito que vinhas hoje e ausentei-me um pouco para vir dar-te um beijo e tentar prestar os meus serviços, tenho de voltar ao trabalho. – Ela beijou-me a testa. – Cuidado.

        - Tu também, mãe.

Ela levantou-se, cumprimentou e despediu-se de Klaus, despediu-se das minhas amigas mais antigas e das minhas novas amigas.

The Triple Hybrid (Versão Portuguesa)Onde histórias criam vida. Descubra agora