Capítulo 36 - Comprar coisas Novas

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        Passado cerca de uma hora Klaus, entrou de rompante no nosso quarto.

            - Eu juro que o mato! E a Rebekah também! – Abraçou-me fortemente, os seus olhos estavam dourados. – O que te disse ele Care? – Eram raras as vezes que ele me tratava pelo diminutivo, e era apenas ou em brincadeiras ou quando ele estava tremendamente irritado.

            - Apenas conversamos um pouco. E ele não faz ideia de quem é  pai, ele nem perguntou isso.

            - Mesmo assim Caroline. – Beijou-me suavemente na testa. – Precisas de mais protecção e sou a única pessoa que ta pode dar 100%. Vou sair da guarda d Marcel.

            - Não Klaus. – Exclamei. – Não faças isso. – Respirei fundo. – Eu sei a importância que este ‘Império’ tem para ti… Eu sei defender-me, e tenho a Rebekah e as gémeas quando estão cá, e tenho a Kylei, que hoje foi o único dia que não esteva aqui porque necessitaste dela. Eu fico bem. Não podes privar os teus sonhos por mim.

            - Mas aí é que está Caroline, tu és o meu maior sonho e seguidamente é o nosso filho, não posso deixar a cima de tudo, que algo de mal vos aconteça.

            - Então fica com ele e descobre os seus planos. Comigo, aqui, não podes fazer nada. – Beijei-o. – Vai ficar tudo bem.

            - Sim. – Respondeu ele, num sussurro. – E com se portou hoje o nosso pequeno? – Perguntou ele ainda baixo, colocando a sua mão quente na minha barriga.

            - Bem, até pensei que se portasse pior já que foi um dia cansativo a fazer jardinagem.

            - Não devias esforçar-te tanto.

            - Não foi nada de mais, eu tenho cuidado e noção do que posso ou não fazer.

            - Esse cuidado não impediu que ficasses cansada.

            - Eu estou bem!

            Ele acendeu a televisão. – Queres ver um filme?

            - Sim pode ser.

            - Qual?

            - Titanic.

           

                                                                                        ***

            Faltavam 10 dias.

            Por muito mau que fosse só nesse momento é que me comecei a preocupar com o que devia preocupar-me ao longo dos dias.

            - Jane, Joanne, preciso de ir à cidade!

            - Nem penses que te levamos sem a autorização do Klaus. Ainda nos mata se souber. Se queres ir, fala com ele primeiro.

Eu detestava que sempre que quisesse fazer alguma coisa tinha de lhe pedir permissão, mas compreendia o porquê.

            - Como queiram. – Telefonei-lhe. – Klaus?

            - Sim Caroline? Está tudo bem?

            - Sim, apenas queria pedir-te se podia ir à cidade.

            - Fazer o quê?

            - Klaus, faltam 10 dias para a criança nascer… eu não tenho nada reparado, nada de roupas, cama, nada. Preciso de algumas coisas básicas.

            - Como queira, vai. Mas leva a Jane, a Joanne e a Rebekah, ela adora fazer compras e pode proteger-te melhor.

            - Estava a pensar em leva-la de qualquer maneira. Até logo.

            Desliguei, convidei Rebekah, vesti-me e todas nos dirigimos para o centro da cidade.

                                                                                ***

        O sino da porta ecoou por toda a loja.

Uma mulher de baixa estatura, muito morena, com ar simpático apareceu logo. Para meu espanto a mulher era uma bruxa.

            - Será o seu primeiro filho? – Perguntou-me.

            - Sim, será. – “E o último provavelmente.”

            - Não me quero intrometer na sua vida, mas o seu filho não terá o melhor ambiente para crescer se estiver sempre rodeado de vampiros, incluindo uma Original.

            Olhei longamente para ela. – Peço-lhe, só quero as roupas e brinquedos e ir-me-ei embora. Pode ajudar-me?

            - É claro. – Levou-me à secção das roupas. – É menino ou menina?

            - Não sei, eu e o meu namorado decidimos que não queremos saber. Queremos que seja surpresa.

            - Há poucos que pensam assim, e a vossa opção é curiosa. Bem, - olhou para as roupas minúsculas, - é melhor levar então roupas que dêem para ambos os sexos, aconselho o azul-bebé e o amarelo. – Abanei a cabeça, consentindo.

Comprei fraldas, babetes, chapéus, meias, sapatos, escovas para o cabelo, biberões, coisas de cuidados de pele, e muitos outros utensílios que podia vir ou não a precisar.

        Quando estava já na caixa e as minhas amigas já tinham os sacos das compras em mãos, a mulher baixinha falou-me de novo. – Está previsto para quando?

        - Não sei bem, mas 10 dias no máximo.

        - Boa sorte.

The Triple Hybrid (Versão Portuguesa)Onde histórias criam vida. Descubra agora