Capítulo 6 - A 'Primeira' Lua Cheia

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            Liguei à minha mãe.

            “Estou? Care?”

            “Mãe, a nossa casa está de pantanas, fomos assaltadas, mas não nos levaram nada. Deviam de andar à procura de algo.”

            “Tenta arrumar a maior parte, eu vou já para casa”, ela parou de falar durante um bom bocado que me pareceu que ela tinha desligado “Querida, vai ao meu quarto e vê se o ‘Grande Livro’ está lá.”

Eu corri escadas a cima para verificar. A minha mãe tinha lançado um feitiço de invisibilidade para o livro para que todos os que não fossem convidados a ver, não o podiam ver, pois era o livro que continha todos os feitiços, bons e maus do mundo, e estava em nossa posse. Ele estava ainda de baixo da almofada da minha mãe.

            “Sim, ainda está aqui.”

            “Ainda bem, vou já para aí”

            “Ok, até já.”

        Despi-me e fui tomar banho, deitei-me na banheira cheia de espuma.

Às vezes achava quem um banho quente era bem mais relaxante do que massagens.

O banho demorara cerca de duas horas, enchi a banheira duas vezes porque a água começava a ficar fria.

Quando saí de lá tinha dos dedos das mãos e dos pés engelhados. E, quando a minha mãe quis tomar banho, teve de esperar porque, a água era-nos aquecida naquela época do ano pelo painel solar, e eu tinha gasto toda a água.

                                                                                    ***

        Já no sábado à tarde lembrei-me de Klaus. Marquei o número dele e esperei que me atendesse.

            “Olá Caroline”

            “Olá Niklaus”

            “Ninguém me trata assim há anos.”

            “Nem ninguém me trata assim também, quase desde que nasci.”

        “Mas tens um nome lindo, por isso para que serviria abreviá-lo?”

        “Ok… O teu nome também não é mau, mas devo admitir que gosto mais de Klaus. Diz lá o que querias falar comigo.”

        “Nada, só queria ouvir a tua voz”

        Aquela frase ficou-me na cabeça, e fez-me querer estar ao pé dele nesse momento. “É só?”

        “Sim.” Passado um pouco voltou a falar. “E queria fazer um convite.”

        “Hum, sou toda ouvidos”

        “Queres ir jantar comigo fora da cidade, um restaurante luxuoso, um daqueles para usar um vestido bonito e elegante, daqueles que normalmente não usas, a não ser em bailes?”

        “Klaus eu…” Eu queria dizer não, lembrei-me que ainda estava numa relação complicada de namorar/não namorar com o Liam. “Adoraria.” Eu andava só a dizer os contrários do que pensava.

        “Ainda bem. Passo aí às sete?”

        “Hoje não pode ser. É lua cheia, prometi que ia ajudar a Lilith e a Meridith com a Niamith, tu sabes, por causa da transformação…”

The Triple Hybrid (Versão Portuguesa)Onde histórias criam vida. Descubra agora