Coloquei a mesa só para mim. Os vampiros podiam comer comida dita ‘normal’, mas não era das melhores coisas, não era o que eles mais apreciavam.
Jane estava a fazer uma especialidade que ela fazia no seu restaurante/bar em Londres.
- Mas diz lá o que é!
- As receitas são secretas, não te vou dizer nada.
- Tu nem me vais dizer como se faz, só quero saber os ingredientes…
- Não! – Ele sorriu. – Não posso nem o vou fazer.
Bateram à porta. – Podes ir lá tu? – Perguntou Joanne.
- Mas estás mais perto… - disse eu.
- É melhor ires lá tu.
Saí de pé de Jane e fui até à porta. De tão distraída que estava, abri-a sem perguntar quem era nem espreitar pela bolinha no meio da porta que eu não me lembrava do nome. Ao abrir a porta dei de caras com o meu namorado.
- Ouvi dizer que estavam a dar uma festa e que não me tinham convidado.
- Não sejas assim. E já agora, andas a ouvir muitas coisas para meu gosto… - Sorri-lhe e estendi os meus braços para ele me abraçar, ele fê-lo e beijou-me.
- Não comecem com essas nojices aqui ao meu lado. – Disse Joanne.
- Ah, nós estamos à tua frente. – Respondi eu.
Sentamo-nos no sofá e eu esperei pela minha comida.
- O que querias falar comigo?
- Não é nada de mais… Há um professor novo de Geologia que acredita em vampiros e tudo mais. Ele parece saber que eu sei alguma coisa…
- Tens a certeza?
- Absoluta. Quando ele me chamou à parte para fal…
Klaus interrompeu-me – Ele chamou-te à parte?
Eu contei-lhe a história desde o início para que ele entendesse melhor.
Depois Jane chamou-me para ir jantar. Sentei-me a mesa e elas sentaram-se também enquanto Klaus ia ao frigorífico buscar sacos de sangue.
- Temos de ter mesmo cuidado com esse professor. – Concluiu Joanne. – Ainda apanhamos uma surpresa.
- Como assim uma surpresa?
- Imagina que ele é um caçador de seres sobrenaturais.
- Ele até pode ser, mas a mim não me apanha de certeza. – Disse Klaus.
Lá fora ouvia-se a chuva a cair fortemente. A trovoada estava bastante intensa. Senti um aperto no coração, como se me tivessem assustado.
Seguidamente uma dor no pescoço. – Au! – Exclamei. Os olhos das minhas amigas caíram sobre mim tal como os do meu namorado.
Afastei-me da mesa, agarrada ao meu pescoço, gritei, parecia que me tinham pontapeado perto do estômago ajoelhei-me no chão e Klaus agarrou-me.
- O que se está a passar?
Vi os olhos de todos a tornarem-se vermelhos devido ao pequeno fio de sangue que agora me estava a escorrer pelo pescoço a baixo. Uma mancha de sangue estava também a formar-se na minha camisola.
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The Triple Hybrid (Versão Portuguesa)
VampirosApenas num piscar de olhos, as coisas mudam, mesmo que nós não queiramos, as coisas mudam e, as coisas que devem realmente mudar, não mudam. Caroline Forbes, apercebe-se de uma realidade completamente diferente que ela tinha imaginado. ...