Capítulo 12 - Sentimentos Resolvidos

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        Niamith tinha razão.

         O Baile estava-se a aproximar.

      Tinha tanto que fazer. Tinha tanto em que pensar. Decorações, comida, cartazes, tudo!

E o mais importante. Tinha de acabar com Liam. Não podia continuar com essa farsa durante mais tempo, não era correcto. Mas pensaria nisso depois.

Tirei de dentro da minha mala, um envelope de papel reciclado, que não cheirava lá muito bem. Abri-o e tirei todas as fotografias de todos os bailes de Inverno realizados naquela Escola.

Espalhei-as pela secretária por ordem de datas e analisei-as, quanto às decorações. Eu queria algo diferente. Algo único. Algo que nunca passa-se pela cabeça das outras pessoas.

Olhei para elas, e a decoração era sempre parecida.                                    

Cores das toalhas a combinar com as lantejoulas e com as fitas. A bola de cristais no meio de tudo.

Eu queria cores, tudo misturado. A bola de cristais não podia faltar, mas queria-a ainda maior. Queria serpentinas e fitas, com muito brilho, muitas lantejoulas. O DJ ficaria no meio para toda a gente o ver.

Havia tanto que fazer e que organizar e que pensar… Dar-me-iam uma grande dor de cabeça.

        Olhei para a fotografia do baile que havia sido organizado à dez anos a trás. Observei os vestidos das raparigas que ali se encontravam, para ter ideias quanto ao meu. Olhei para os rapazes e o meu olhar prendeu-se num, que estava de perfil. Eu conhecia-o.

           Klaus.

        O que estivera ele ali a fazer dez anos antes?

        Peguei no telemóvel, procurei o contacto dele e liguei-lhe.

        “Olá Caroline.”

        “Olá.” A voz dele a dizer o meu nome acalmou a minha ira. “Podes vir aqui a minha casa por favor?” Pareci demasiado suplicante.

        "Sim. Mas está tudo bem?"

        "Quando aqui chegares depois verás." Desliguei.

        Passados nem dez minutos, ele estava à minha porta.

        Quando o olhei nos olhos, como sempre o fazia, estavam ligeiramente dourados. – Não se passa nada de mal, tem calma.

A cor dos olhos dele estabilizou. Entrou na minha casa e fiz sinal para ele se sentar no sofá. Ele assim o fez e eu sentei-me numa poltrona em frente a ele.

        - O que se passa então?

Peguei na fotografia e estendi-lha. Ele pegou-a e observou-a longamente.

        - O que estavas tu a fazer aqui, há pouco mais de dez anos?

        Os olhos dele estavam a mudar de novo. – Não sou eu.

        Fixei-o. – Não me faças passar por parva, porque eu não o sou. E vê-se perfeitamente que és tu! – Disse eu rispidamente.

        - Não sou. – Contradisse ele com os olhos quase vermelhos. Ele não me ia atacar. Iria atacar a foto?

        - Ai não?! Então quem é?!

        - Já de contei que tenho irmãos, mas que não lhes falo há anos. Este – apontou para a fotografia – não sou eu, é o meu irmão Kol. É o mais novo de todos nós, ele e eu somos um pouco, mas mesmo só um pouco parecidos, as pessoas confundem-nos quase como gémeos com diferença de três anos, e, não somos do mesmo pai. O que é ridículo...

The Triple Hybrid (Versão Portuguesa)Onde histórias criam vida. Descubra agora