Capítulo 9 - O Halloween

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        Nesse dia era sábado, dia 31 de Outubro. Era Halloween, a noite mais poderosa e mais perigosa para andar nas ruas com bruxas atrás. Elas eram poderosas com poderes mas com a força adicional que os astros e planetas nos ofereciam nesse dia tão especial, eramos as mais poderosas.

Era também a noite dos rituais, para comunicar com os espíritos, quem não era médium, a noite em que se faziam maldições às pessoas, a noite onde tudo era possível.

Os americanos tinham a tradição de se disfarçar nesse dia. Um dia de festa para eles, enquanto que, para as bruxas e feiticeiros, não era uma simples brincadeira. Para nós era um dia mais que sagrado.

Peguei no telemóvel e tinha uma mensagem de Liam.

        “Vens à festa hoje? Diz-me que este ano podes ir…”

        Não podia, nos outros anos a minha mãe fazia com que eu permanecesse em casa, pois podiam-me fazer alguma coisa. Este ano, não dava mesmo, porque eu também tinha de ir.

        “Não sei, vai depender de muita coisa.”

        “Como assim?” Perguntou ele por SMS outra vez.

        “Depende do que a minha mãe tem programado para hoje, sabes que normalmente vamos para fora da cidade…” Tentei desculpar-me.

        “Pois é… Mas tenta vir, por favor”

        “Prometo que tento.”

        Marquei o número de Meridith.

        “Olá!” Disse ela na voz alegre que costuma ter.

        “Oi!” Suspirei. “Temos de ir ao ritual, não te esqueças.”

        “Não, mas eu não sei o que fazer… Nunca fui a um.”

        “Nem eu, mas a minha mãe diz que saberemos o que fazer assim que lá chegarmos.”

        “Pois… mas mesmo assim. Passas por cá a que horas?”

        “Por volta das sete da noite.”

        “O que devo levar vestido?”

        “Não sei. Um vestido formal, mas não formal a mais.”

        “Ok, percebido. Até logo.”

        “Beijinhos.” Disse eu e desliguei o telemóvel. E ele começou logo a tocar, nem me dando tempo para clarear a voz. Li no visor “Klaus”.

        Desliguei. E escrevi-lhe uma mensagem.

        “A minha mãe está aqui” Menti. “O que se passa?”

        Passados segundos ele respondeu “Era para saber se também vais aos rituais das bruxas todas.”

        “Tenho de ir… Mas sinceramente não me apetece muito.”

        “Pois… Quando te despachares daí, liga-me. Ou vai ter à festa, eu vou estar lá.”

        “Klaus, não faças mal a ninguém.”

        “Prometo que tento.”

        “Não tentes, faz. Beijinhos.”

        “Adeus Caroline.” Ficava sempre arrepiada quando ele dizia, ou neste caso, escrevia o meu nome.

The Triple Hybrid (Versão Portuguesa)Onde histórias criam vida. Descubra agora