Quando acordei de manhã, as cortinas estavam abertas, dando para ver e ouvir a chuva que caía lá fora. Levantei-me. Em cima da poltrona que havia no quarto estava o meu roupão e uma mantinha de algodão, vesti o roupão e enrolei-me na manta. Permiti-me abrir a janela, e, mesmo estando tão bem agasalhada, senti o frio enterrar-se nos meus ossos.
O dia estava triste, a relva notava-se que estava empapada em água, as árvores, as que eram caducas, completamente despidas, traziam uma espécie de tristeza. Com o frio e chuva, não apetecia fazer nada da vida naquele dia. Fechei a janela e na mesa-de-cabeceira, reparei que estava uma carta.
“Bom dia Caroline,
Espero que tenhas dormido bem, pelo menos antes de sair estavas a dormir que nem um pequeno anjo.
Deves saber perfeitamente onde estou, e acredita que preferia estar aí contigo, mas não posso porque a minha falta de presença já foi notada ontem, por isso hoje não podia faltar…
Se quiseres sair, pede ao Elijah que te leve, mas por favor, não vão para a mata, fiquem nos arredores, e antes avisa-me para onde vão. Se forem um pouco mais para longe, diz ao Elijah que se certifique que não há vampiros ou bruxas perto.
Amo-te muito,
Klaus”
Adorava quando ele me escrevia cartas, era por e simplesmente romântico.
Bateram à porta, e por não estar à espera, assustei-me.
- Posso? – Perguntou Elijah, espreitando pela porta semiaberta.
- Claro! – Exclamei eu, com uma mão no coração e outra na barriga.
- Assustei-te? – Inquiriu ele, entrando no quarto.
- Não é bem essa a palavra… Hum… - pensei durante breves segundos – talvez, sobressaltaste-me. Ele sorriu, com o seu sorriso simpático, o mesmo de sempre. – O que vamos fazer hoje?
- Como assim?
- O Klaus deu-me ‘permissão’ – gesticulei com os dedos as aspas – para sair, desde que seja contigo e que não seja para longe e que confiras se há ou não bruxas e vampiros.
- Bem, eu hoje tinha combinado encontrar-me com a Rebekah…
- Ah, não faz mal. – Disse eu sinceramente. – Ela sabe que estou… grávida? – Aquela palavra ainda me custava a dizer.
- Acho que não, pelo menos ninguém lho disse. Esse era um outro motivo do porquê de eu querer que ela viesse cá.
- Percebo. – A minha barriga roncou. – Vou tomar o pequeno-almoço. Vens?
- Não, desculpa. Mas tenho uns assuntos para tratar.
Saímos ambos do quarto, mas ele seguiu para o seu quarto e eu para a cozinha.
***
Fiz uma paragem primeiro no quarto das minhas amigas, que, por incrível que parece, ainda estavam de pijama. Assim que entrei, esperei um minuto até que elas se vestissem. Ouvimos a porta da frente a bater e o motor do carro novo de Elijah a começar a trabalhar. Seguidamente, tomamos o pequeno-almoço juntas, e, depois, fomos até ao jardim. Começamos a andar, e elas acompanhavam-me o passo.
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The Triple Hybrid (Versão Portuguesa)
VampirosApenas num piscar de olhos, as coisas mudam, mesmo que nós não queiramos, as coisas mudam e, as coisas que devem realmente mudar, não mudam. Caroline Forbes, apercebe-se de uma realidade completamente diferente que ela tinha imaginado. ...