Capítulo 7 - O Jantar Agitado

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        A semana passou-se bem. Passei imenso tempo a falar dos encontros das minhas amigas. Principalmente o de Meridith. Ela ficara encantada. Tudo no encontro para ela tinha sido maravilhoso e perfeito. Mas ela não o achara indicado para ela. Na minha opinião, ainda gostava muito de Liam para se apaixonar por outra pessoa.

Jim e Niamith, segundo ela, o encontro tinha sido muito bom, mas nada se desenvolveria a partir daí, segundo ela.

            Klaus faltara a semana toda às aulas, e eu também não lhe liguei, estava demasiado empenhada a decifrar o Grande Livro com a minha mãe. E a ter aulas adicionais com ela sobre feitiços e magia negra, coisa que me era proibida.

Não tive tempo para lhe ligar nem sequer para uma mensagem, tinha sido tudo em cima da hora.

Os espíritos também tinham amainado, eu via-os mas se eu não estivesse com disposição, nem sequer olhavam.

                                                                                ***

            Uma outra semana se passara e ele não aparecera na escola. Mas dessa vez eu ligava-lhe imensas vezes por dia e mandava imensas mensagens.

Os sonhos tinham voltado. Desta vez ainda mais assustadores. Mais reais. Mas agora via algumas caras. Liam. Meridith. Lilith. Niamith. Klaus. A minha mãe. E eu, deitada no chão, a contorcer-me com dores e a gritar ainda rodeada por imensas pessoas, mas dessas eu não via a cara. O fogo agora rodeava-me.

        Peguei no telemóvel e marquei pela décima vez, nesse dia, o número de Klaus.

        “Deixe uma mensagem a seguir ao Bip”, ouvi dizer.

        “Klaus, liga-me por favor. Eu fiquei de te ligar, com o objectivo de marcar o nosso jantar. Fico à espera que me ligues. Beijinhos.”

Eu começava a ficar preocupada. Já não o via há duas semanas. Ele não dava sinal de vida. Nada. Só esperava que tudo estivesse bem. Isto era ridículo, eu estava preocupada com um vampiro com mais de 2000 anos.

        Não voltei a ligar nessa semana nem na outra a seguir. Já estava quase a acabar o mês de Outubro.

        Já tinham substituído a professora de Biologia, que fora dada como desaparecida, e, no placard da escola, estava uma fotografia de Lind, dada também como desaparecida...

        Cheguei-me ao pé dela e pus-lhe a mão em cima. Desviei-me logo. Não podia chorar mais, já tinha passado essa fase.

        Juntei-me às minhas amigas e aos jogadores de futebol.

      - Então, o que se faz por estas bandas? – Perguntei eu sentando-me ao colo de Liam e beijei-o no rosto.

          - Nada de grande coisa, estávamos a perguntar-nos o que aconteceu à professora surda. Ela evaporou-se.

            - É quase isso. – Disse Lilith.

            Eu e as irmãs olhámos para ela. Ela calou-se logo.

            O meu telemóvel começou a tocar. “Klaus” dizia o ecrã.

            - Já venho. - Disse para todos eles e corri para fora do refeitório.

Atendi. “Estou!”

            “Olá Caroline.”

          “Podes por favor dizer-me porque demoraste três semanas a retribuir-me a chamada? Fiquei preocupadíssima.”

The Triple Hybrid (Versão Portuguesa)Onde histórias criam vida. Descubra agora