CAPÍTULO 2 - O ECLIPSE

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Longe do vilarejo, a quilômetros de onde todos os guardiões estavam, o cenário se deslocou para o mar aberto, longe da praia. O mar começou a sentir-se agitado quando um redemoinho se formou no meio do oceano. O olho se abriu num diâmetro grande o bastante para formar ondas maiores e assustar os banhistas daquele local. Provavelmente o eclipse que estava surgindo havia assustado o mar, eles pensavam. No entanto, o asteroide, onde os demônios estavam se abrigando, havia chegado à Terra e escolheu o mar para se esconder, entrando diretamente no olho do redemoinho e afundando-se aos poucos. Com a magia e proteção de Chaos, nenhum habitante da Terra conseguiu vê-lo chegar, e assim permaneceu por algumas horas até o mar se acalmar novamente.
Enquanto isso, dentro do asteroide, estavam os seis demônios dentro da sala de estratégia. Ali dentro havia uma mesa no meio com mapas e fichas, representando um tabuleiro de estratégia de guerra. Ao redor da mesa, haviam sofás e nas paredes, luminárias com chamas de cor roxa e azul iluminavam a sala. O general estava de pé, na borda da mesa e os cinco capitães estavam prestando atenção nele, sentados em seus lugares.

Vendetus: Ao acontecer o eclipse, será marcado o início da caçada pelo artefato. Embora o herdeiro seja um humano, lembrem-se, os guardiões também estarão do lado dele protegendo-o. Se forem bons estrategistas com seus peões, nosso exército das trevas dará conta de distraí-los enquanto um de nós pegar o artefato.

Os capitães ouviram-no e embora pareça ser uma missão fácil para eles, algo certamente os incomodava. Eles acreditavam que um humano simples não daria conta de usar todo o poder do artefato para expurga-los, porém, ao se lembrar da princesa e do poder descomunal que ela tinha, comparar o poder do herdeiro com a princesa era algo que os deixava inquietos.

Vendetus: Alguém irá se candidatar a obter o artefato?

Nisso, um dos demônios ficou de pé sem hesitar, era a capitã Agonia, encarando o general à frente. O resto dos demônios voltou sua atenção a ela.

Agonia: Eu irei obter o artefato. Não me importo o quão forte é o humano, eu terei minha vingança contra eles.

Agonia fechou o punho enquanto pronunciava suas palavras e se lembrou da guerra que devastou a espécie monstra. Havia algo por trás disso que impulsionou a vingança dela e nisso, Vendetus continuou olhando-a até responde-la.

Vendetus: Estarei aguardando.

Agonia fez um sinal de respeito ao general e saiu daquela sala. As portas se fechavam lentamente enquanto todos os demônios observavam Agonia andando pelos corredores. A capitã andou pelo corredor até chegar em uma sala e adentro, havia um portal aberto, indicando a saída daquele local para o mundo exterior. Ela entrou pelo portal e o mesmo emitiu um som alto até mudar de forma e desaparecer.
Enquanto isso, Frisk, Asgore e Toriel chegaram à praça central minutos depois, encontrando várias pessoas lotando o local, a maioria era humana e foi realmente difícil transitar dentro do parque. Frisk esperava que Alphys tivesse marcado um local fácil de encontrá-los no meio da multidão, e por falar nela, Frisk avistou Alphys e Undyne perto de algumas rochas grandes que davam para sentar acima. Junto com elas, vários monstros estavam numa área do parque esperando o eclipse aparecer, eles conversavam ansiosamente entre si e se mostravam bastante empolgados em ver aquele fenômeno novo e raro. Os três foram de encontro com Alphys e Undyne e elas receberam-nos alegremente.

Alphys: Que bom que chegaram!

Frisk: Estão ansiosas?

Undyne: Sim, mas... Como isso funciona?

Alphys: Ah... F-funciona assim... Nós vamos ver a lua andando até ficar na frente do sol..., mas se olharmos diretamente para o sol sem lentes, vai machucar nossos olhos... p-por isso eu trouxe essas lentes... para vermos melhor o eclipse.

Heart and Soldier III - Destinos em Guerra [Undertale AU] (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora