Capítulo 7

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Depois de tomar um banho rápido, Sarah saiu apressada. Estava estacionando em frente ao bar que haviam combinado de ir. Muitos haviam ido direto do trabalho, mas o episódio com Dylan Turner a fazia sentir seu corpo sujo, tinha necessidade de lavar os beijos e as mãos dele de seu corpo. Na mente de Sarah, fazendo isso ia tornar o que aconteceu menos real.

Assim que entrou, encontrou o grande grupo de pessoas sem dificuldade. Bruce Simons abriu um largo sorriso para ela quando se aproximou da mesa. Então decidiu sentar-se ao seu lado. Apesar de Sarah já estar há alguns anos na profissão, não tinha cultivado muitas amizades. Era reservada demais. No entanto, agora sentia necessidade de outras pessoas na sua vida, precisava desesperadamente que várias entrassem para impedir a passagem de uma em específico, que se infiltrava sem convite algum em seu ser.

- Achei que não viria mais. - Enquanto falava, Bruce enchia um copo de cerveja, passando para ela.

- Desculpe a demora... Mas o importante é que cheguei, não é? 

- Sem dúvidas.

Como não tinha muito contato com restante das pessoas, limitou-se a ouvir o que conversavam. Apenas falou um pouco quando o assunto girou em torno da operação. Mas ela tentava desesperadamente mudar o rumo da conversa, não queria pensar nisso. Só queria se desligar e se divertir um pouco. E começou com determinação mandando para dentro todo o tipo de bebida que estava à seu alcance.

Depois de algumas cervejas, dois shots de tequila e vodka. Sarah poderia concluir que estava mais bêbada do que já esteve em toda sua vida. Sua risada agora era alta e sua voz soava estridente. Conversava com todos a mesa. E ficou irritada consigo por não fazer esse tipo de coisa com frequência. Mas Bruce, hora ou outra, lhe lançava olhares preocupados. Sabia que era por conta da bebida e condução. Combinação bastante perigosa. Mas Sarah sentia uma revolta dentro dela naquele instante. Queria quebrar as regras! Queria beber, rir, dirigir depois e mais importante de tudo, queria ter beijado os lábios de Dylan Turner. O pensamento a atingiu tão rápido que, sua mente, alterada pela grande dose álcool, não conseguiu bloquear. Então, mais uma vez, Sarah Campbell fez algo que jurou que jamais faria. Começou a flertar com Bruce Simons. Sabia que não era correto usar uma pessoa, para esquecer outra. Contudo, a mistura de Sarah alcoolizada, mais as lembranças dos beijos que recebera no pescoço, resultavam em uma pessoa totalmente egocêntrica.

Depois de muitas risadinhas e toques propositais na perna do Policial, ele pareceu entender os sinais, pois retribuía com entusiasmo. Então com o pretexto de que iria sair para fumar,  Bruce convidou Sarah para acompanha-lo.

Assim que saíram do bar, Bruce arrastou-a até o estacionamento, onde seu carro estava. Sarah sentia-se zonza e já se questionava se aquilo seria uma boa ideia.

Mas Bruce mostrou ser um homem que não perdia tempo. Quando chegaram perto de seu carro, grudou seus lábios nos dela com urgência. Sarah prendeu os braços em volta de seu pescoço, buscando equilíbrio. Ela tentou partir o beijo, querendo olhar em volta, preocupada com a possibilidade de estarem sendo assistidos por alguém.

- Shh, não tem ninguém aqui. Relaxa. - E foi o que fez. Encostou seu corpo nas portas do carro, deixando que Bruce jogasse seu peso contra ela. Ele beijava e sugava seus lábios num ritmo acelerado, que combinava com a velocidade que suas mãos percorriam o corpo dela indecisos por onde ficar. Mas Bruce não demorou para ter a brilhante ideia de levar as mãos por baixo do vestido rodado de Sarah. Quando havia saído de casa, sequer pensara na possibilidade de Bruce Simons colocar suas mãos ali. Entretanto, deslizaram por sua coxa, de baixo para cima, parando em sua bunda, apertando-a com força. Sarah pensou em dizer algo. Mas não queria afasta-lo, na realidade. O fato de estarem fazendo isso em um local aberto, a excitava. E foi justamente por isso que não protestou, quando os dedos ágeis dele, afastaram para o lado sua lingerie, colocando-os dentro dela. Sarah suspirou com o toque, sentindo seu corpo estremecer, ao ouvir o gemido dele nos seus ouvidos. Ela fechou os olhos com força, ignorando todos os alertas que seu cérebro davam de que aquilo deveria parar. O sussurro que saiu de seus lábios fora tão natural que a pegou desprevenida. "Turner", disse. E no mesmo instante, se deu conta do que estava acontecendo. Arregalou os olhos, pulando para longe dos braços e beijos de Bruce. Levou a mão a boca, achava que iria vomitar. Sua cabeça agora quando fechava os olhos, buscando equilíbrio, só sentia o mundo todo rodar.

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