Capítulo 17.

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Havia se passado uma semana desde o segundo encontro de Sarah e Dylan. Ela ainda estava processando tudo o que estava acontecendo. Não se permitia pensar tempo demais naquilo. A relação trazia muitos riscos para sua vida. Ela não sabia dizer o que ela e Dylan Turner eram e muito menos tinha ideia do que iriam se tornar, caso aquela loucura continuasse.

Mas era como experimentar uma droga pela primeira vez e ficar viciado. Dylan Turner era sua droga e Sarah se encontrava em abstinência constante. Ia dormir pensando nele, Dylan invadia seus sonhos e era o primeiro pensamento do dia quando abria os olhos pela manhã.

O coração vivia apertado pelo medo dele ser morto ou preso. Quanto mais se envolvia, mais a ideia de não vê-lo mais, causava-lhe a sensação de pânico.

**

Sarah entrou na viatura ao lado de Nick, que estava falando sobre seus planos de viajar com a namorada nas férias e a Policial se pegou imaginando se algum dia isso seria possível com Dylan. Acreditava que não.

- Queria te perguntar uma coisa. - Ele disse.

- Sim?

- Está rolando algo entre você e Bruce? - Nick olhava para ela enquanto Sarah mantinha os olhos grudados na rua, dirigindo.

- Não. Absolutamente nada. Por que pergunta?

- Ele parece bem irritado com você... Anda comentando por aí teorias meio malucas sobre você, ao meu ver. Achei que você deveria saber.

Sarah sentiu o rosto esquentando de raiva.

- O que ele anda dizendo? - Ela finalmente olhou para Nick, que tinha o semblante sério.

- Que você gosta de Dylan Turner... Que pode ter algum envolvimento com a fuga dele. - Ele engoliu em seco - Eu acho isso uma loucura, só para você saber. Bruce não me disse isso... Ouvi ele conversando com Roger no banheiro. Eles não sabiam que eu estava lá.

Sarah apertava tanto o volante que os nós de seus dedos começavam a ficar esbranquiçados.

- É loucura mesmo. - Não conseguiu responder outra coisa.

- Você deveria falar com ele, antes que possa acabar colocando isso na cabeça da pessoa errada.

- Irei assim que possível.

Ela não acreditava na audácia daquele homem. Sarah não queria conversar com Bruce, queria resolver aquilo da forma mais violenta possível. A raiva a consumia. E iria tirar aquela história a limpo.

Ao chegar na Delegacia, foi diretamente procurá-lo, porém não o encontrava em lugar algum. Ao sair para ir direto para seu carro, Sarah avistou Bruce a alguns metros no estacionamento. Foi em passos firmes em direção ao homem.

- Qual o seu problema? - Berrou antes de chegar perto dele.

O homem virou bruscamente, assustado. Mas o olhar de espanto foi substituído rapidamente por escárnio ao reconhece-la.

- Nenhum, Campbell. Qual é o seu? - Ele sorriu.

- O meu problema, Bruce, é você falando coisas sobre mim pelas minhas costas. Que tal falar suas teorias na minha cara?

Ele não respondeu por instante.

- Não dou a mínima para o que você acha que estou fazendo, Sarah. - Disse simplesmente.

- Você é doente. Acho melhor calar sua maldita boca antes que seja tarde. - Ela disse entre os dentes.

Bruce lançou um sorriso afetado, em desdém as ameaças de Sarah.

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