Terror não!

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E entrando em sua casa, pôs sua mochila no lugar, retirou sua roupa e entrou no chuveiro. Dessa vez, sem música.
-"Você prefere coxinha ou bolinha de queijo?" -disse ela, imitando John com uma voz estranhamente grossa.
E parando para refletir, logo pensou alto:
-Falando dessa maneira, nem parece que ele... Tem um "fetiche"?! Isso é bobagem! Droga, Liz... Agora estou confusa! Não, não... O John não sentiria algo por mim, somos totalmente diferentes! Isso é tão... "Clichê adolescente"? Pff... Isso daria um bom livro, com certeza.
Chegando John até a sua casa, subiu diretamente para o seu quarto, ignorando Zack que se encontrara na sala de estar.
Fechou a porta de seu quarto, jogou sua mochila em um canto qualquer e pôs suas mãos em sua cabeça, jogando seus cabelos para trás.
-Eu já devia imaginar! "Kylian aqui, ali..." Está na cara que... -ele suspirou- Eu não sou gentil, eu não sou romântico, eu não sou responsável... "Eu só vivo vadiando, cantando as garotas"... Isso que a Maggie deve pensar de mim.
"E não é isso que eu faço mesmo?" -pensou ele.
-Por que estou me lamentando por uma garota?
Logo, a porta de seu quarto se abriu. E como a resposta para a sua pergunta, o sobreveio a voz de Zack, que entrara:
-John está apaixonado!! Eu esperei por esse momento desde o jardim de infância!!
-Eu não me apaixono, seu imbecil!! -respondeu ele.
-Ah, para. Você está todo sofrido... Quer que eu faça um "brigadeirinho" na panela, é? -brincou Zack.
-Pare de me espionar!!
John o tacou um travesseiro que se encontrava em cima de sua cama.
Alguns segundos de silêncio se fizeram entre os dois.
E com seus braços cruzados, virando-se ele para a janela, disse:
-Vai lá fazer o brigadeiro. -disse John, friamente.
Zack saiu do quarto rapidamente, indo em direção à cozinha.
Uma ligação chegou até o celular de John. Eram seus pais.
-"Filho!!" -disse Godric, seu pai.
-"Pai!!" -respondeu John. Uma das poucas coisas que o fazia muito feliz, eram seus pais.
-"Que saudades, John!! Como está tudo aí? Você, os garotos..."
-"Estamos bem! Também estou com saudades." -disse ele, animado.
Sua mãe falava no fundo da ligação, mandando beijos e abraços.
-"Espere aí, sua mãe está me enchendo o saco! -ele disse no fundo da ligação, para sua mãe- Eu já vou mandar, Marjorie! Se você ficar falando eu não vou ouvir nada! -ele voltou a falar com John- Sua mãe está mandando beijos e abraços."
-"Mande outro, por favor!"
-"ELE MANDOU OUTRO! -gritou ele, para Marjorie- Filho, venha nos ver semana que vem, estamos com saudades! Vamos fazer uma confraternização."
-"Ah, é claro que eu vou!!"
-"Traz os garotos. E uma garota, se quiser." -acrescentou ele, brincando.
John soltou uma breve risada.
-"Eu sei que você é sem vergonha, não venha me enganar com a sua risadinha."
Seu pai possuía a liberdade de brincar com John, o que o fazia rir mais ainda.
-"Conversar com o senhor é uma terapia." -disse John.
-"É bom ouvir isso, filho. -ele sorriu- Estou aqui para qualquer coisa, pode me ligar."
-"Obrigado, pai."
-"Te amo, filhão! Até mais."
E a ligação se encerrou. John, suspirando, logo disse:
-Isso me fez um bem danado.
                                    ...
O som de música alta percorria toda a casa de Kylian.
Ele dançava em seu quarto com suas roupas sujas de tinta e o pincel em mãos. Ele fazia pinturas em seu quarto, tanto figurativas quanto abstratas.
Planetas, estrelas... E tudo o que era de seu gosto.
-Tudo anda normal demais, há algo estranho. -disse ele, pensando alto.
Parando para pensar, retirou seu celular de seu bolso e ligou para Maggie.
Atendendo a chamada sem demora, iniciaram-se:
-Hey, Kylian! -o cumprimentou ela, gentilmente.
-Maggie! Pipoca, filme, sala de cinema... O que acha? -rápido e objetivo, perguntou ele.
-Wow! Está me chamando para ir ao cinema?
-Bom, eu acho que sim.
-Eu adoraria! -disse ela- Nada de terror, está bem?
-Hum. -disse ele, insatisfeito- e o que quer assistir?
-Que tal uma comédia romântica?
-Eca! Não. -negou ele, sem hesitar- de modo algum.
-Kylian, terror não!
-Passo na sua casa às 19 em ponto. -e encerrou a ligação, rindo enquanto planejava qual filme de terror assistir.
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Às vezes não sabemos os sentimentos que rodeiam as pessoas...
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