(Des)encontros

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Já dentro do carro, todos conversavam na volta para casa sobre os mais bizarros acontecimentos daquela noite enquanto John dirigia atentamente.

-É verdade! Ela estava de olho em mim mesmo! Já posso imaginar como seria se eu estivesse como os outros. -comentou Bruce, agitado.

-A fantasia foi uma ideia genial, de fato. -disse Thomas.

Zack permanecia em silêncio, até:

-Ah... Eu não estou muito bem.

-E vocês viram aquele cara na pista?! Ele rodava como um pião! Foi ridículo... -contaram, gargalhando.

-Hahah! Ele rodou tanto que deu dois tapas na loira que estava sentada! -Thomas se divertia ao se lembrar.- E lembrando aqui... Eu acho que você dança igual a ele, John. -brincou.

-"há há". -nada como uma exclusiva pausa ironizada- Eu acho que você está confundindo os papéis.

-Gente... -Zack murmurava, ignorado.

-Sai dessa, John!

Eles discutiriam até chegar em casa.

na chegada ao destino, o carro foi estacionado e todos deixaram o veículo... Maggie fora a primeira a deixar o carro. Finalmente, disse ela.

-Ah, que saudades dessa rua!

-Eu só quero a minha cama. -John esclareceu.

De repente, um barulho enjoativo.

Zack não se conteve: vomitou (e muito). O problema foi o lugar...

-#@%!$, Zack!!! -exclamou, soltando um enorme palavrão.

Se não fosse nos sapatos de John...

-Uh, me desculpa.

Tudo foi resultado de um profundo silêncio... Até ser quebrado:

-Espera aí! Aquilo ali é um anel?! -perguntou Bruce, atônito.

John suspirou, cobrindo seu rosto com suas mãos para não pensar em uma breve relação entre seu punho e o rosto de terceiros.

Com uma astuta sugestão, todos entraram para o início de um conforto. Era tarde e o corpo pedia descanso.

Todos já haviam entrado, Zack havia se recuperado em parte e estava sob a supervisão de Bruce, visto que John não estava muito bem pelo ocorrido.

Ao amanhecer ele esqueceria aquilo, foi apenas o calor da emoção... Da raiva.

Thomas não dera trabalho algum, agiu civilizadamente e em nenhum momento esboçou dissimularidade.

Naquele quarto quieto e silencioso, John se recusava a abrir espaço para quaisquer faísca de brincadeira. O dia fora cheio e completamente imprevisível. A raridade da situação era o fato do maior estar a organizar seus pertences jogados pelo quarto.

...silêncio...silêncio.... silêncio.

-Você está bem? -Maggie perguntou, ao se desapoiar do armário de roupas.

Ele apenas afirmou com a cabeça enquanto guardava as últimas roupas que encontrara pelo quarto.

-Hey...? -ela insistiu até que ele se virarasse.

O que se ocorreu.

-Fique tranquila. Eu só estou cansado.

-Subir uma árvore sozinho, organizar uma festa, futebol aqui e ali, dar o máximo para agradar os pais, sapato vomitado... Eu acho que posso imaginar.

O Outro LadoOnde histórias criam vida. Descubra agora