Aegir

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 Terminou seu café aguado e se levantou, a comida da ilha se tornava cada vez mais escassa, não queria prejudicar os habitantes. Se levantou e observou o seu grupo da embarcação conversando com os Alas, eles haviam realmente se dado muito bem, todos vendo que, de alguma maneira, aquela divisão estúpida era desnecessária. No fim todos era iguais.

Hinata caminhou até Noya que caminhava de um lado para o outro ansioso e um pouco nervoso, e com razão, na manhã seguinte eles embarcariam para Tenec e com todos a esperança de conseguir sua amada e sonhada igualdade. Sabia que o processo da monarquia perante seus direitos demoraram, mas sabiam que aquilo era o início de algo grande, e se falhasse, muitos que o viam com exemplo também desistiriam:

-Noya - o chamou tocando seu ombro, fazendo com que o outro se assustasse com o toque repentino.

-Ah, oi - disse como se tivesse saído de um transe.

-Parece distante - pronunciou calmo.

-Tenho muito em mente - sorriu, mas havia angústia em seu olhar - se fracassamos será o fim, e ainda mais o deus que a Shimizu viu, essas coisas de deuses, por que agora? E se nossa guerra for o começo de outra que abrange os nove mundos - ele disse rápido com uma leve tremedeira - morremos - suspirou no final soltando.

-Noya, se os deuses deram um poder imensurável para Shimizu, me deram essa espada, eles não fariam isso se nos quisesse mortos, teria nos matado rápido - a frase tinha o teor pouco aliviante.

-Você está dizendo para me acalmar, que se os deuses nos quisessem mortos já teria nos matado? - o olhou confuso - isso não ajudou.

-Ah - Hinata o encarou com uma feição vazia e sem argumentos permaneceu quieto.

-Mas talvez consigamos, Shimizu saiu a alguns minutos dizendo que era algo relacionado a sua transformação ou algo assim, eu não entendi, ela falou de uma árvore - Nishinoya balançou a mão e se sentou em um banco que havia se esvaziado.

-Yggdrashil - algo sussurrou em seu ouvido.

-O que? - O amigo questionou confuso.

-Yggdrashil, o que é isso? - Hinata questiona para o nada.

-Como eu posso saber? Você que disse - Noya o encarou um pouco assustado.

-Eu... - olhou para o nada e sentiu algo bater contra o peito - eu já volto.

-Ah - Noya tentou dizer algo, contudo Hinata já havia se ido.

Hinata seguiu até para fora da caverna, a qual a rebelião se escondia. Suas pernas se moviam fora do seu comando e seus olhos buscavam todos os lados tentando entender o que estava acontecendo. Seu corpo tremia a cada passo em direção ao nordeste da ilha, em vários momentos quase bateu em uma árvore qualquer. Em sua cintura, sentia a bainha queimar como se a espada estivesse em chamas. O seu corpo parou de se mover quando estava próximo a água, acabou caindo no chão como se tivesse sido solto de uma outra força.

Olhou a maré fraca que vinha em sua direção, a bainha queimava sua perna. Retirou o objeto e o derrubou no chão sentindo suas mãos queimarem. Algo mandava ele seguir para o mar enquanto outro pedia que se afastasse do oceano.

Encarou a espada já em vermelho puro queimando, e olhou para as ondas. Respirou fundo e guardou a espada na bainha, isso lhe deu uma grande queimaduras nas mãos. Contudo seguiu para o mar. Deuses, em sua mente havia uma divisão grandiosa sobre eles, não confie neles, e nunca deixe de ouvi-los.

Colocou o primeiro pé sobre a água gelada sentiu suas mãos arderem e depois se acalmarem, as encarou e viu que ambas as queimaduras havia sumido, enquanto isso, a pequena parte da bainha que tocava a água, vaporiza sem deixar uma gota em si.

Beta War: O surgimento das asas.Onde histórias criam vida. Descubra agora