Em direção à Tenec

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 Kageyama se encontrava olhando seu reflexo no espelho de seu novo quarto, o qual seu pai disse que este, era um de um real rei. Apenas grande, enorme e vazio. Em sua mente nada adiantava aquele tamanho, se nem o próprio corcel poderia entrar em tão local.

Arrumou a manga amassada da sua roupa de príncipe, uma camiseta com mangas longas com babados no final, algo que em pessoal, para ele, era estranho e irritante, junto a um gibão azul marinho sobre a roupa. Sua calça feita de coura apertava suas pernas de modo irritante, e as botas com veludo dentro era até que confortáveis. Se sentia um boneco naquela roupa, contudo não havia escolha.

Colocou o arco preso no peito e saiu do quarto indo em direção ao andar de baixo. Desceu as escadas de pedras geladas sem pressa, a viagem demoraria em torno de um dia, o que era até que rápido comparado a outras viagens que variam demorado semanas.

Chegou passou pelo salão real e ouviu seu pai conversando. Respirou fundo e abriu a porta, se arrependeu de não ter chegado quem estava lá. Tooru o encarou sorrindo, claramente de modo falso, quando o viu entrar:

-Vossa realeza está belíssimo a esta manhã - Oikawa diz calmo.

Kageyama para ao lado do pai sem responder o outro, que ficou imediatamente irritado:

-Kageyama - Dachi chamou a atenção do filho - estamos indo para um evento real entre nações, você terá que ter o máximo de educação como um rei - diz suspirando.

-Eu sei - Tobio responde - quando saímos? - questionou sabendo que uma hora ou outra acabaria sendo forçado a ir.

-Imediatamente se está pensando em fugir como sempre faz - Dachi fala firme e se vira em direção a saída - podemos ir agora.

Respira fundo e acena com a cabeça indo em direção ao curral, onde havia deixado Sleipnir. Após o treino de Ukai em Strundur, algumas pessoas a mais havia descoberto seu estranho segredo, sobre as histórias dos guardas serem mais que um simples rumor. Aqueles homens que confiavam tanto em Ukai criaram de imediato lealdade a Kageyama, mesmo que tudo que ele queria deles fosse apenas que não dissessem a ninguém.

Encontrou Sleipnir bebendo água no bebedouro de cavalos. Tobio se aproximou tentando se acostumar com as oito patas do corcel, acima de tudo aquilo era o que mais deixava intrigado, por tanto tempo apenas não viu o que estava a frente dele, era tão confuso e duvidoso, como se não acreditasse nos próprios olhos.

Acariciou a crina do cavalo enquanto ele bebia água, e riu quando o corcel jogou água no seu rosto. Com o tempo junto, haviam criado uma real conexão, Sleipnir sabia quando Tobio estava pensativo ou sério demais com algo.

Subiu no cavalo e deixou que o corcel galopa-se em seu ritmo. Em minutos, estava ao lado do pai junto a Yui, a mulher parecia em denegação a ir para Tenec, principalmente por não ser seu filho a carregar o nome do rei. Mesmo que atrás deles, junto a Iwaizumi, Tooru acompanhava eles. Yui logo, junto ao filho entrou na carruagem e deixou Hajime criar. Na frente apenas Kageyama e o Dachi galopavam.

Permaneceu em silêncio por longos minutos, nada, na qual, Tobio se importasse. Mas logo a paz foi quebrada:

-Kageyama - Dachi chamou-o - eu não sei o que aconteceu nos últimos dias, nem qual explicação os deuses teria, mas quero que saiba que eu estarei ao seu lado sempre.

-Onde esteve nos últimos dez anos? - questionou baixo para si mesmo.

-O que disse? - o homem se virou para ele.

-Takeda não deveria estar conosco? - questionou.

-Ele não se atreve a sair do seu salão, diz que algo ruim está muito próximo, uma guerra que só os melhores batalharam e os fracos morrerão - olhou para um ponto incerto -, contudo é claro que isso é algo que devemos nos preocupar, mas não podemos aparentar temer algo, os alfas nunca perdem - ele disse seguindo com o cavalo.

Beta War: O surgimento das asas.Onde histórias criam vida. Descubra agora