Forgive me, Camila

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Heyy guyss!!

Respirem fundo. Confiem em mim.

Boa leitura.

*


POV Ally


Eu sempre imaginei como eu iria morrer.

Quantas pessoas iriam no meu enterro? Quantas pessoas iriam chorar? Será que seria de causas naturais?

Eu sempre imaginei como eu iria morrer. O que eu jamais poderia imaginar, é que seria assim.

2 dias antes


O clima era pesado na sede dos Polônios.

Eu via os olhos inquietos de Camila e eu sabia que ela não estava gostando nada de como as coisas estavam se desenrolando. Lauren acariciava seus dedos sutilmente, tentando passar um conforto que eu sabia que não viria. Senti minha garganta secar.

Eu não podia evitar sentir certa raiva de Lauren. Nenhuma parte de seu plano tinha se concretizado, mas eu já sabia o que estava por vir e eu odiava a sensação de impotência que eu tinha entalada na garganta. Odiava pensar no futuro estado em que se encontraria minha melhor amiga.

- Alguém tem alguma pergunta? - A voz de Joshua me fez sair do meu estado distraído.

Ninguém se manifestou e todos fomos liberados para descansar o máximo possível. Cerca de 20 milhões de possibilidades para o desfecho da missão corriam pela minha mente. Nenhuma delas era muito boa.

- Ally! - Ouvi a voz de Camila, me fazendo parar de andar e olhar para trás. Minha melhor amiga se aproximou junto de Lauren e Dinah. - Pode nos dar uma carona para casa?

Revirei os olhos, demonstrando uma falsa má vontade.

- O que você me pede sorrindo, que eu não faço chorando?

- Te amo. - Camila me deu um beijo rápido na bochecha e fomos nós quatro andando até a saída dos túneis.

Era difícil permanecer mal humorada com Dinah por perto. A polinésia fazia todos os tipos possíveis de piadas sem graça e eu me pegava rindo mais da maneira que ela ria, que da piada em si. O caminho foi longo, mas deixei Dinah em casa, para logo em seguida deixar Lauren e segui para minha casa com Camila no carro.

No meio do caminho, notei minha melhor amiga delicadamente passar os dedos pela falsa marca de cura em seu pescoço.

- No que está pensando? - Perguntei, preocupada.

- Às vezes eu me pego pensando em como seria minha vida hoje se eu realmente tivesse sido curada. Será que eu acabaria rejeitando a vacina? Será que com o tempo eu me livraria dos efeitos? - Camila respondeu e suspirou em seguida. - Por muitas vezes me pego pensando que eu me tornaria mais um dos robôs sem sentimentos que o Governo quer que sejamos... não me sinto forte, Ally.

Deus, como eu odiava ver que as inseguranças de Camila ainda a afetavam tanto. Como eu odiava saber que estávamos à 48 horas de uma dor excruciante.

- Lembra quando éramos mais novas e maratonávamos Grey's Anatomy como se o amanhã não fosse chegar? - Perguntei encostando o carro e vi Camila menear a cabeça positivamente. - Naquela época eu não entendi o que Yang disse para Grey, mas hoje, graças a você Camz, hoje eu entendo.

- De que episódio está falando?

- "Ela não é o Sol, Camila. Você é." - Vi minha melhor amiga abaixar a cabeça, sabendo que ela lembrava exatamente do que eu estava falando. - Eu não estou me despedindo de você, porque você sabe que odeio te ver chorar e você chora por tudo, mole. - Ri leve, acompanhada de Camila. - Mas quero que saiba que, independentemente do que aconteça em 48 horas, você tem luz o suficiente para lembrar o mundo do que é o amor. E por mais incrível que Lauren seja, a minha estrela mais brilhante, sempre será você.

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