P.O.V. do Tiago

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Eu assustei quando liguei para Gabriela e ela ficou brava. Foi no domingo passado. Parecia realmente enfurecida com alguma coisa. Mas tudo acabou bem no final: ela aceitou o meu convite para peça. Com certeza, ela foi uma das melhores escolhas e se encaixava muito bem na personagem.

Quando falei que era necessário encontrarmos na garagem, eu não sabia se ela aceitaria, mas aceitou. Eu queria mesmo é vê-la. Ouvir a sua voz. Sentir o seu cheiro. Estava doido para beijá-la e ficar o tempo todo com a sua companhia, sem me importar com o mundo. Deram-me arrepios quando ela começou a aproximar-se de mim e eu não sabia bem o que fazer. Fiquei muito mais relaxado quando eu estava com ela e não gostei de ser atrapalhado pelo vizinho do último andar. Então, foi aqui que decidi: quando ficarmos sozinhos, eu a beijarei. Precisava disto para ter certeza de que todos estavam enganados quanto a minha escolha sexual. Mas de jeito nenhum ela seria usada como cobaia!

Quando cheguei atrasado na escola, por acordar tarde, fiquei impressionado como a secretaria estava cheio de alunos que chegaram atrasados. Francamente, eu fico muito desmotivado quando o ano está chegando ao fim. Enfim, fui esperar na biblioteca o sinal da segunda aula tocar. Deparei-me com a Gabi beijando o André! Não tenho nada contra ele, mas eu realmente fiquei surpreso com aquele beijo. O que seria aquilo na garagem? Está certo que não nos conhecíamos bem e ela é popular e tal, mas não achava ela uma menina que gostava de experimentar muitos meninos por vez. Não condizia com ela. Eu realmente fiquei chateado com aqueles folhetos, diziam muitas coisas ruins e não gosto de pensar naquilo. Foi posto o que era pensado por muitos ali e eu sabia que era Laura, porque a menina não gostava de mim.

Laura me pedira em namoro e eu recusei, achei que não estava preparado para encarar um relacionamento sério. Desde então ela vem me perseguindo em todos os lugares. Fico cheio disso tudo e já cheguei a elogiar, mas ela não estava nem ai.

Eu não brigo, não bato nas pessoas, porque acho que violência não faz a pessoa ficar "melhor". Mas se for muito necessário, baterei (nível difícil de chegar). Então, André veio para cima de mim e eu não queria que a Gabi estivesse lá e não queria machuca-lo. Eu falei para ela que erámos amigos, porque eu não queria que deixasse um menino que a faria feliz. Não queria deixa-la magoada. Senti-me muito triste e eu não queria conversar com ninguém, nem mesmo com ela.

Quando ela me mandou aquelas mensagens, eu tinha acabado de estudar e estava muito mal. Estava me sentindo um lixo. E meu coração parecia que ia saltar da minha boca quando ela disse que gosta de mim. Minhas bochechas coraram e respirei fundo. Depois, parecia, apenas, que ela queria me fazer sentir bem. Queria fugir e deixar tudo para trás.

Eu fora fazer compras com a minha mãe e sempre me dava sono nos mercados. Qualquer que fosse.

Estava decidido que eu iria faltar o próximo dia, não queria sair do meu quarto, mas com a mãe que eu tenho, ela não ia deixar. Aproveitei e fiz a ficha de cada personagem e enviei para Gabi. Gostei muito dela ter me convidado para estudar juntamente com ela. Prometia ser uma tarde ótima.

Não queria ficar sozinho com ela, mas como seu irmão estava lá, ficou muito melhor. Mas eu não deixaria de beijá-la. E foi isto que aconteceu: um beijo incrível e esperava que ela gostasse. Agradeço por aquele lanche incrível com a família dela. Eles são muitos engraçados e a comida estava ótima.

Conversei com a minha mãe sobre o beijo, mas ela não gostou da notícia. Nós sabíamos o que isto implicava, tanto para mim quanto para a Gabriela.

-Tiago, você sabe o que isso significa?- Minha mãe sentou-se na minha cama.- Você avisou a ela? Deus, o que vamos fazer? Você está louco?

-Calma, mãe.- Eu disse, colocando a mão na testa.- Eu não disse nada ainda, nós nos beijamos e não estamos para casar. Calma ai! Eu avisarei a ela!

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