O Vizinho

Capítulo 11 -

--Ouvi dizer que perguntaram por você! Não me diga que é o lindo do outro dia?-- pergunta Silmara.
--Aham! Ele mesmo!--
--E você perguntou o nome dele, pegou o número do celular?--
--Não! Ele é apenas um cliente que deve ter gostado do meu atendimento ou da minha simpatia.Nada mais que isso! Não comece a imaginar coisas.--
--Ah, se é comigo! Teria pegado o número do celular, onde mora, como dorme...--
--Sério Silmara, você não existe!--
--Filha ninguém mais te seguiu , depois daquele dia?--pergunta meu pai.
--Não! Acho que me enganei.Mesmo assim estou sempre alerta.--
--Logo, logo, teremos novos vizinhos. Tomara que sejam pessoas legais.-- diz minha mãe.
--Assim espero mãe!--
A noite estudo algumas horas e depois vou dormir.
--O seu fã pelo jeito não vêm todos os dias!-- disse Silmara.
--Talvez não more aqui, venha de outra cidade.--respondi.
Passaram- se duas semanas e ele não voltou.
É como eu pensei,deveria ser de fora ou estava a negócios.Se bem que era jovem demais para ser um negociante.
Nesse trabalho você vê muitas pessoas que vem e que vão.
É como um círculo, as vezes muitos deles até se encontram aqui depois de muito tempo sem se ver.
Outros se encontram pela primeira vez e acabam se encontrando sempre...
--Você viu filha? A casa do lado está ficando bonita!--
--Não tenho reparado muito ultimamente, mãe.Estou com os olhos pregados nos livros.Está chegando o dia de prestar vestibular e se eu quiser ganhar uma bolsa , preciso literalmente, devorar os livros!--
Prestei o vestibular e acho que fui bem.Agora é aguardar o resultado!
Minha mãe me liga na saída do meu trabalho.--Filha, você não passa no supermercado e trás 2 pés de alface, e 1 quilo de tomates?--
--Passo sim! -- respondi.
As verduras estão bonitas e o tomate graúdo.
De repente ouço uma voz atrás de mim:
--Por favor, você poderia me dizer se as verduras estão frescas? É que não entendo nada de verduras.--
--O que é isso? Um déjà vu!?--