-E como eles puderam afirmar que era você se o indivíduo usava uma máscara?-
-Por causa das roupas, eu tinha hábito de usar blusa com capuz e tinha várias dessas blusas no meu guarda roupa.E as cores eram geralmente, escuras. Na verdade, o capuz escondia um pouco das minhas espinhas. Eu tinha tantas que morria de vergonha de mostrar meu rosto. E no verão, pelo menos fora da classe usava um boné bem emperrado na cabeça. Não parece , mas eu era cheio de complexos.
Também, não tinha muitos amigos.-
-E como você conseguiu provar que era inocente?-
-Meu pai tinha um amigo que era detetive e ele começou a investigar.
Mas não foi fácil, demorou meses e por causa disso meu pai achou que eu deveria ir para longe.
Minha mãe não queria, mas os irmãos da Karina, queriam me pegar.Já tinha apanhado deles perto da minha casa.Se não fossem os vizinhos eu teria ficado num estado lastimável.
Por isso por precaução, me mandaram para cá. Passei momentos terríveis, pois estava sozinho num lugar que não conhecia.-
Até que o detetive conseguiu a confissão de um dos envolvidos.
O garoto disse à polícia que seu amigo estava com raiva de mim por ciúmes.
Parece que a Karina disse a ele que gostava de mim e que não queria saber dele.
Ele se vingou dela dessa maneira e se fêz passar por mim.
Eu acabei caindo de gaiato, pois descobri depois que ela havia inventado sobre gostar de mim, para se livrar do assédio dele.
Mas é claro que ela não imaginava que aquele garoto tivesse uma mente problemática.
Com isso a paixão que achei que sentia por ela desapareceu como que por encanto.
Por outro lado, você trouxe um pouco de luz para os meus dias tão escuros naquela casa.
No começo desconfiei de você, mas com o passar dos dias fui me afeiçoando e voltando a confiar um pouco nas pessoas.
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O Vizinho
RandomTambém é um texto simples que postei no meu Instagram. A pedido de uma seguidora, continuei a história. Tanto que o primeiro capítulo além de curto são na maioria como um poema/ poesia, algumas com rimas... Essa história conta a história de uma garo...