DEISE © - OGG 2 [COMPLETO]

Capítulo 17

Ela é linda, naturalmente sensual e gostosa, muito gostosa. Porém temos um problema, ela é provocadora e eu não suporto provocações, ela é desimpedida e livre, e eu odeio isso, ela quer continuar sendo solteira e eu a quero para sexo casual, isso ainda a intitularia solteira, sim? Seria bem mais fácil se ela fosse uma mulher comprometida, obviamente não teríamos transado e agora eu não estaria louco para tê-la outra vez.

Sei que não tenho a merda do direito de fazer quaisquer pergunta e exigir nada, mas tenho vontade de saber sobre tudo dela, desejo que tivesse confiança em mim e fossemos além de chefe e funcionária, amigos.
Mas vou conquistar isso aos poucos, eu só queria que ela abaixasse a guarda nem que por um segundo para eu mostra-la o que podemos fazer juntos, na cama.

Não desejo nada além disso. Podemos ser bons juntos.

Porém, como sempre nada é perfeito e simples demais, eu não suporto saber que existem outros, sempre fui desapegado e nunca, nunca tive problemas como esse, tanto que as mulheres com quem tive casos de uma noite já tiveram a ridícula ideia de me causar ciúmes saindo com outros da minha frente e, não preciso dizer que foram ridículas ao se prestarem a esse papel.

Estou mal, me sentindo impotente por não saber controlar isso, porra, eu soquei Marcelo, um cara foda que fodeu ela, o quão desgraçado eu estou?

Suspiro resignado focando minha atenção nela.

Deise caminha elegantemente a minha frente, essa roupa a deixou com cara de menininha, o que ela está longe de ser, o cabelo com esses fios soltos destacou os olhos grandes,  verdes e expressivos.

Essa maldita roupa me deixou de pau duro, uma merda para quando se estar no meio da rua.

Acelero os passos para acompanhá-la, ele que, anda elegantemente chamando atenção de todos os homens do restaurante e até às pessoas que passam em frente a ele quando saímos.

— Você tem um chamariz para Marcelos. — Comento ao entrarmos no carro tentando mudar o foco dos meus pensamentos.

Não pense que sou bisbilhoteiro mas foi impossível não querer saber com quem ela tem tanta demonstração de carinho.

— E tenho também para bisbilhoteiros pelo que vejo.— rebate — sabia que é feio ouvir conversas alheias? — Provoca.

Arqueando a sobrancelha em aquisição.

— Não me culpe. — Dou de ombros. — Não podia fazer muita coisa já que estávamos na mesma mesa, enfim, ouvir e fiquei curioso.

— Marcelo é o meu irmão.  — Me olha. — Um ano mais velho que eu e  somos extremamente apegados e protetores.

Dou partida, ficando impressionado por ela falar tranquilamente.

Eu já tinha imaginado que seria alguém muito próximo devido ao seu jeito de conversar.