Capítulo 36

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Quatro dias!

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Quatro dias!

Quatro malditos dias sem ter qualquer notícia de Anderson, nem uma mensagem avisando que está vivo e bem. Isso me enfurece de uma maneira que meu corpo inteiro tremula assustadoramente, as palpitações se tornam aceleradas e eu me vejo andando de um lado para o outro. É ruim ficar sem saber qualquer coisa por dias. Fez isso porque recusei a sua oferta de ir para o Canadá? Me recuso acreditar que sim, é inaceitável até para ele.

— Deise, por que não se senta. — Luana pede pela terceira vez. — Continuar andando de um lado para o outro não o trará de volta e acredite, não irá se sentir melhor.

Eu paro. Respiro fundo tentando buscar a minha lucidez de volta.

— Eu estou preocupada com você Deise. Consigo perceber que anda desligada aqui nas seções desde terça feira, hoje já é sexta e continua assim. Desligue-se de Anderson e da empresa um momento e pense apenas em você. Pode fazer isso?

— Me desculpe. — Balanço a cabeça desorientada. — Avalanches de acontecimentos tem me deixado assim.

— Não se desculpe. — Indica o sofá — Por favor sente-se e me diga como estão as coisas dentro de você.

Luana tira o óculos, o põe sobre a mesa atrás de si, a prancheta também tem o mesmo destino. Eu entendo isso como um aviso de que já estar pronta para ouvir o que eu tenho a dizer.

— Minha cabeça não tem conseguido processar tanta coisa. — Revelo — Anderson confiou a mim ficar a frente de tudo sobre a coleção enquanto ele fica fora, Luana. Imagine a minha surpresa em chegar hojr e descobrir isso vindo da designer. — As mãos em meu colo mexem impulsivamente. — Minha cabeça está cheia e eu mal consigo respirar porque a responsabilidade está pesando muito. Temo enlouquecer.

— Respira fundo. — Orienta.

Eu faço.

— Isso. — Faço outra vez — Isso te confundiu? Deixar tudo sobre sua responsabilidade, o fato de confiar em você, ou não estar preparada para isso e se encontra realmente muito sobrecarregada?

— Acho que os dois. — Fecho os olhos — Ele não acordou para me avisar que iria viajar mas deixa algo dessa magnitude nas minhas mãos, eu não entendo. Fora que eu era secretaria até poucas semanas, não tem sentido.

— Ele confia em você.

— Ou não achou ninguém melhor para fazer isso.

— Exatamente. Confia em você. — Repetiu outra vez. — Não deixe a raiva que está sentindo dele nublar você Deise, só quero que consiga ver as coisas além do que elas parecem.

— Talvez tenha feito isso para me provar que independente de eu ainda não confiar nele, ele confia em mim, mostrar seu ponto.

Me encara e não diz nada por alguns instantes.

DEISE © - OGG 2 [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora