DEISE © - OGG 2 [COMPLETO]

Capítulo 20

Capítulo pode conter erros.

Estava confusa. Os pensamentos em desordem. Eu ainda olhava a mensagem de Anderson. Encarando a tela do celular atentamente. Eu tenho que ser sincera comigo mesma, isso não resultará em nada a não ser dores de cabeça. Anderson talvez esteja confuso em relação a mim, esses ciúmes sem fundamentos, a possessividade que diz ter, nada tem sentido para mim. Eu tenho a noção de como homens podem ser previsíveis com o seu territorialismo, o possessividade, mas ainda assim, é assustador demais o fato de eu não conseguir sair sem que ele não esteja por qualquer lugar. Anderson tem me atrapalhado desde que apareceu e isso não é justo.

Hoje e sábado. Eu poderia dormir até mais tarde. Contudo, ao invés de estar na minha cama me encontrava parada em frente ao prédio o qual ele mora. Respirei fundo incontáveis vezes antes de decidir ir até o porteiro. Eu poderia sim ligar. Achei até mais viável fazer isso mas eu não queria ouvir a voz sem nos vermos frente a frente e, eu não entendo o porquê.

Ontem ao receber a mensagem eu fiquei confusa, extremamente pensativa e paranóica.

Talvez fosse realmente necessário me trocar de setor, seria mais fácil não olhar para o seu rosto todos os dias sem querer beijar ou tê-lo. Cheguei a conclusão que ele estava despertando coisas em mim, como culpa. Exatamente isso, eu estou me sentido extremamente culpada por tudo; por Marcelo e agora Pablo, o que será da próxima vez?

Ontem eu me senti ligeiramente culpada por estar com Pablo e isso não está certo, é absurdo!

— Você poderia ligar para o apartamento do senhor Anderson e avisar que Deise está aqui embaixo? — Pedi assim que me aproximei do senhor calvo e barrigudo.

Ele me olhou curioso.

— Ele não está! Saiu ontem com uma mulher e um garoto e até agora não voltou senhora. — Explicou e eu agradeci com um aceno de cabeça.

Me virando para então caminhar até meu carro. Eu não queria questionar, mas na minha cabeça eu me fazia perguntas: quem era a mulher que estava com ele? Anderson era casado e eu não sabia? Tinha filhos? Os deixou no Canadá e só agora os trouxe? Foi impossível não pensar que eu tinha sido "enganada"

Minha cabeça deu algumas pontadas com tantas perguntas. Entretanto, de uma coisa eu tinha certeza, se ele fosse casado eu seria capaz de matá-lo, arrancar o seu glorioso pau e jogar para os cachorros. Mal caratismo é vergonhoso, eu me recuso a ter sido amante porque ele teve o cinismo de não falar que era casado e trair a esposa, contudo se fosse verdade não poderia fazer mais nada a não ser me sentir culpada por ter ficado com ele, duas vezes.

Dou a volta no carro, abrindo a porta e me acomodando no banco com certa impaciência. Estar ai um dos motivos pelo qual não me relaciono de maneira alguma, principalmente amorosamente, existem muitas responsabilidades, medos e precisa existir confiança e isso é uma coisa que não possuo desde criança,