Eu sempre te amei - Bughead

Blondie!

Cher foi visitar a família, Verônica vai passar a noite fora com algum gatinho que conheceu pelo campus e Kev deve estar fazendo coisas inapropriadas para menores de idade, sendo assim, é melhor nem comentar.

E eu? Bom, eu estou sozinha no meu quarto de novo, ultimamente todas as noites estão sendo assim, já faz alguns dias que não vou para nenhuma festa e sinceramente? Não sei o que está acontecendo comigo.

Eu me senti muito mal depois de ter desabafado daquela forma com o Jughead, as únicas pessoas que sabiam de toda a merda escondida por trás dessa menina durona e extrovertida eram os meus melhores amigos e agora aquele que eu prefiro não pronunciar o nome também sabe.  

A Sophia era muito importante para mim, fora o Jughead ela era a minha única amiga, foi difícil demais perdê-la, no fim das contas percebemos que a dor da perda é uma dor que nunca vai embora, ela só adormece por um tempo, mas quando resolve acordar vem com força total.

- Não fica com essa cara vai. – pedi puxando o seu rosto para me olhar.

- Eu estou normal Bee. – respondeu desviando o olhar.

- Será que você pode parar com essa ceninha de ciúmes? Você sabe o quanto eu te adoro seu bobo.

- Adora nada, eu sei muito bem que você prefere a Sophia, você fica me colocando de lado quando está com ela. – falou com uma careta enorme.

- Deus, você é tão dramático Jones, eu amo vocês dois igualmente. É só que naquele momento eu precisava falar com ela sobre coisas de menina.

- Não estou sendo dramático, estou sendo realista. E qual era o assunto de menina tão importante que você tinha para falar com ela? – perguntou me olhando dessa vez.

Eu sabia que não ia adiantar tentar mudar de assunto ou até mesmo mentir pra ele. Jughead me conhece como ninguém.

- Era sobre... é... bom... era sobre garotos – eu disse colocando as mãos sobre o rosto, eu me senti envergonhada de falar sobre isso com ele. Jug arqueou uma sobrancelha e ficou me encarando.

- Sobre garotos é? E quem é ele?

- Não precisa ativar o modo protetor não, era a Soph quem estava falando sobre. Eu só era a ouvinte.

- Acho bom, eu já te disse que antes de você sair com um garoto, precisa me falar quem é, para que eu possa fazer uma pequena investigação e ver se ele é bom o suficiente para a minha blondie (loirinha).

- Ok, irmão mais velho, você já me disse isso milhões de vezes, eu inclusive já decorei o seu discurso de irmão super protetor.

- Você sabe que eu só quero o seu bem blondie, se algum dia qualquer pessoa te fizer algum mal, eu mesmo vou me encarregar de acabar com a vida dela.

E no fim das contas ele mesmo acabou me fazendo mal.

Droga! Preciso me livrar dessas lembranças, isso só me faz mal. Como eu estava sozinha hoje resolvi assistir um filme, um dos meus preferidos “Um amor para recordar”, pode se passar anos, mas eu ainda vou amar esse filme com todas as minhas forças.

Peguei pipoca, alguns chocolates e refrigerante, me deitei na minha cama embaixo das cobertas. Eu adoro festas, mas não há nada melhor do que deitar na sua cama quentinha, assistir um filme ou ler um livro. Isso sim é vida.

Quando já estava em mais da metade do filme ouço um barulho no corredor, especificamente é alguém tentando abrir a nossa porta. Sai da cama e me encostei-me à porta para ver se ouvia mais alguma coisa, pela fresta embaixo dela era possível ver uma sombra. Confesso que estou tremendo mais que vara verde.