Medo de não resistir?

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Após colocar uma roupa de dormir resolvi voltar para o quarto, provavelmente Jughead não está mais lá.

Respirei fundo, criei coragem e saí do closet, mas o meu pior pesadelo – ou não – ainda estava sentado na minha cama. Parece que o rubor em minhas bochechas voltou com tudo.

- Achei que você ia dormir dentro do seu closet – disse Jughead me olhando. Ele está com um sorrisinho debochado no rosto. Ai que vontade de arrancar esse sorriso com um beijo. Ah, se controla Elizabeth, se controla – Você está com o rosto todo vermelhinho, o que houve?

Eu estava tendo pensamentos eróticos com você, por isso.

- C-calor, eu estou com calor, é isso, tá quente aqui.

Ele arqueou uma sobrancelha e me encarou com a expressão “calor né? Eu sei muito bem onde está esse calor mocinha”.

- Ah, sim, calor... – falou rindo.

- O que foi Jones? Tá rindo de que? – perguntei cruzando meus braços na altura dos meus seios.

- Nada Elizabeth, é que quando você está com calor, seu rosto fica vermelho como se você estivesse acabado de gozar. – falou sério.

O que? Ele não disse isso. Alguém para o mundo que eu quero descer. Jesus, alguém cava um buraco pra eu me esconder.

Eu comecei a tossir que nem uma doida. Ele levantou da cama e se aproximou de mim.

- Ei ei ei, calma, eu só estava brincando – falou alisando as minhas costas – Eu sei que você não iria se divertir dentro da sua banheira ou no seu closet com a sua mãe a poucos metros de distância – disse sorrindo.

Imbecil, ele sabe. Aliás, ele ouviu, só pode ser isso. Eu estou estática na sua frente, isso não pode estar acontecendo, comigo não.

Pelo menos a parte boa dessa história é que eu não gemi o nome dele enquanto gozava, deixei isso nos meus pensamentos, porque me recusei a falar o nome dele em voz alta.

Criei coragem e resolvi perguntar o que ele está fazendo aqui, não é possível que o Jughead que eu conheço tenha se tornado esse cara que exala sexo desse jeito. O jeito que ele fala, a maneira como está me olhando, me deixa com vontade de olhar pra ele e dizer “me coma”.

Droga, eu preciso parar. Eu nunca fui assim, acho que meus pensamentos se tornaram ninfomaníacos.

- Por que você está no meu quarto Jughead? – falei séria, fingindo que não estava querendo abrir as pernas pra ele há segundos.

- Bom, como você sabe, na sua casa só tem um quarto de hóspedes, que no caso é onde minha mãe vai dormir, então...

Não, não, não. Eles não vão fazer isso.

- Você não vai dormir no meu quarto.

- E por que não? Não é a primeira vez que isso acontece – falou cruzando os braços.

Realmente não é a primeira vez, quando éramos mais novos e amigos isso sempre acontecia.

- Mas agora é diferente – respondi simplesmente.

- Diferente por que? – ele está me provocando.

- Por, por – porque senão eu vou te agarrar – porque é Jones, nós não somos mais adolescentes e acima de tudo não somos mais amigos, isso não faz o menor sentido.

- Bom, que não somos adolescentes isso é óbvio, já que você se tornou uma mulher bem... Bom, isso não importa e a parte dos amigos, posso até concordar com você, mas durante essa semana estamos dando uma trégua, o que quer dizer que somos quase amigos de novo. E outra coisa não é como se eu fosse te agarrar no meio da noite. 

Queria que agarrasse.

- Ai que droga, cada um no seu canto na cama, e eu nem preciso dizer que...

- O lado esquerdo é seu, eu sei. – falou rindo. – Aliás, gostei que mudei a cor do quarto, antes era muito... Rosa.

- Mudei a cor assim que voltei pra casa depois que fui internada – falei sem pensar e Jughead mudou a sua expressão. – Desfaça essa cara de cachorro com fome, eu estou bem agora.

- Eu fico feliz por isso, de verdade. Betty, eu..

Shhh Jones, vamos pra cama, eu quero dormir.

- Claro, vamos pra cama, blondie. - Fui para a cama e olhei para o Jughead que estava parado no meio do quarto. – Será que eu posso tomar um banho primeiro?

- Ah claro, vai querer mais alguma coisa?  Comida, uma massagem, um celular novo, um boquete? – Ai meu Deus, a última parte não era pra ser dita em voz alta.

Jughead me olhou com um sorriso enorme no rosto.

- Bom se a última op... – não deixei ele terminar e joguei uma almofada nele.

- Vai tomar seu banho de uma vez Jones.

- Ok, Ok, estou indo estressadinha.

°•°•°•

Estava quase pegando no sono quando Jughead saiu do banheiro e aquilo ali deveria ser pecado, ele estava apenas com uma toalha enrolada na cintura, o cabelo completamente molhado, com gotículas de água escorrendo por todo o seu corpo. Meu Deus, ser lindo assim deveria ser crime.

- Limpa a baba Cooper – uma voz debochada me tirou dos meus devaneios. E só agora me dei conta que eu estava o encarando como se ele fosse uma obra de arte. E talvez ele seja.

- Cala a boca Jughead, eu sequer estava te olhando. Agora vê se coloca uma roupa de uma vez.

- Está com medo de ficar com vontade e não resistir é? – perguntou com um sorriso malicioso nos lábios.

Me levantei da cama e fui caminhando lentamente em sua direção, Jughead cruzou os braços. Cheguei perto dele e ergui os pés até ficar com o meu rosto mais próximo ao dele.

- Eu não teria problema nenhum em saciar a minha vontade, Jones – falei em um sussurro e me aproximei mais dele e puxei seu lábio inferior com os dentes. E em seguida deixei o quarto, caso contrário, eu realmente não resistiria.

Eu sempre te amei - BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora