Fica aqui!

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- Jughead, espera – Sim, eu acabei engolindo o meu orgulho e vim atrás dele. Vou fazer a minha parte, se ele não aceitar o problema é dele. Ele estava parado na calçada, provavelmente esperando um Uber.

- O que você quer Elizabeth? Eu cumpri o que eu prometi, agora vou embora e você não vai lembrar que eu estive aqui. – falou e foi andando a caminho da rua.

- Fica aqui, você não precisa ir para um hotel. Nós queremos que você fique aqui.

- Não Betty, tanto eu quanto você sabemos que a única pessoa que quer que eu fique aqui é a sua mãe. Eu já te disse, eu tentei, agora já chega.

- Eu também quero que você fique – falei em um tom mais baixo – nós podemos dar uma trégua nessa semana, nós não éramos os únicos amigos aqui, nossas mães também tinham uma grande amizade. Então vamos fazer isso por elas. O que acha?

Jughead pareceu pensativo e não disse nada por um tempo, depois disso direcionou seu olhar pra algo atrás de mim e me surpreendeu quando me envolveu em um abraço. Quando eu fui reclamar ele me abraçou ainda mais forte.

Shhhh, elas estão na janela nos olhando. Se vamos fazer isso por elas então vamos fazer isso direito. – sussurrou em meu ouvido, o que me faz arrepiar até nos lugares onde não existem pelos.

Ah, é claro que elas estão na janela, são as nossas mães. Para o teatrinho ser mais real, eu envolvi os braços em sua cintura também e me aconcheguei nele, colocando a minha cabeça em seu peito. Bom, talvez não tenha sido só para manter o teatro.

Eu não sei o que estava acontecendo comigo, mas eu estava morrendo de vontade de dar um beijo nele. Meu Deus, o que está acontecendo comigo? Eu sinto vontade de ficar aqui pra sempre. Meu corpo só pode estar doido ou eu estou louca, já nem sei mais.

Com medo do Jughead perceber o meu estado, eu acabei me separando do abraço.

- Então vamos entrar, antes que elas acabem quebrando o pescoço naquela janela. – ele sorriu e nesse momento não pude não me lembrar do que a minha mãe disse mais cedo. Talvez seja a hora de eu baixar um pouco a guarda.

Jughead entrelaçou nossas mãos para seguirmos juntos para dentro, sempre andávamos de mãos dadas, era um costume nosso, que eu sequer me dei conta de como senti falta disso.

Eu olhei pra ele e sorri, acho que é o primeiro sorriso sincero que eu direciono a ele desde que nos encontramos de novo.

Entramos em casa e minha mãe e a Gladys estavam sentadas no sofá como se não tivessem há um segundo nos espionando pela janela.

- Mãe, eu vou subir tomar um banho, já volto – Eu preciso sair daqui, eu estou olhando para o Jughead e só consigo imaginar ele me jogando na parede e fazendo o que quisesse comigo. 

Elizabeth Cooper, toma vergonha nessa cara garota, você não pode simplesmente dizer que odeia ele e depois ficar tendo pensamentos eróticos com ele.

- Tudo bem filha, vai lá. Vem Jughead, vamos colocar o papo em dia. Eu sei que eu já te disse, mas você tá um homem lindo, sortuda vai ser a garota que conquistar seu coração.

O quê? Garota? Conquistar o seu coração? Dessa vez a minha mãe passou dos limites. É claro que ele está lindo mesmo, um gato, gostoso, mas essa parte de garotas eu não gostei não.

Deixei esses pensamentos de lado e subi para o meu quarto. Tudo o que eu preciso agora é se um banho de banheira e do Jughead.

Espera, que? Jughead? Você não precisa do Jughead, Betty, para com isso antes que eu te bata.

Peguei tudo que era necessário e fui para o banheiro, coloquei a minha banheira para encher e voltei para o quarto para pegar minha necessarie com as demais coisas que eu ia precisar e esqueci.

Voltei para o banheiro e despejei os sais de banho que eu mais gosto, tirei as minhas roupas e entrei na banheira sentindo o meu corpo relaxar aos poucos. Fechei meus olhos e aproveitei do momento de paz, por que depois que saísse daqui eu teria que fingir muito bem que estava realmente me dando bem com Jughead.

Jughead, falando nele parece que hoje estava ainda mais gato, vermelho sempre ficou bom pra ele, assim como branco, preto, verde, amarelo, azul. Ai droga, ele fica bem com tudo, imagina pelado?

Droga, droga, droga. Eu não acredito que estou tendo esse tipo de pensamentos com ele, isso nunca aconteceu comigo em relação ao Jughead. Se bem que não somos mais amigos, então acho que não é pecado ter pensamentos eróticos com ele.

Inferno, estou excitada e não posso simplesmente voltar pra perto dele com esses pensamentos impuros, preciso dar um jeitinho nisso. Eu não acredito que estou prestes a fazer isso aqui, com a minha mãe logo na sala, mas não tem outro jeito. É melhor acabar logo com isso, ninguém vai saber mesmo, o que faz no banheiro, fica o banheiro.

Desci minha mão lentamente até o meu seio esquerdo e o apertei de leve, definitivamente o toque no meu peito me deixa extremamente excitada, mas do que já estou. Fiquei um tempo ali e em seguida levei a minha mão até o meu paraíso pessoal, eu preciso de um orgasmo. Urgente.

°•°•°•°•

Me sinto mil vezes mais leve, como isso é bom. Tive um orgasmo maravilhoso, fingindo que no lugar das minhas mãos era as do Jughead. Sim, eu me masturbei pensando nele, não me julguem, que qualquer um faria o mesmo. Tive que me controlar para não soltar gemidos muito altos, o que foi praticamente impossível, já que as muito tempo que eu não faço isso. Mas com certeza os gemidos não chegaram até lá embaixo, onde está todo mundo. Então é isso sair daqui, como se nada tivesse acontecido.

Saí da banheira, enrolei uma toalha no meu corpo e outra no cabelo e saí do banheiro. Quando tive uma surpresa.

- Jug... Jughead? O que está fazendo aqui? – perguntei assustada deixando a minha toalha cair.

Eu sempre te amei - BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora