Capítulo Dois

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Apesar da carga que lhe era imposta no trabalho, uma coisa Lily tinha de admitir: os dias que não estavam em sua escala eram respeitados. Ela não se lembrava da última vez que tinha sido chamado emergencialmente num dia que não deveria ter ido ao Ministério.

Então a familiar coruja de Moody lhe acordando na manhã de sábado fez com que ela se sentasse de um salto e prontamente pegasse sua varinha.

Srta. Evans,

Preciso que venha ao Ministério o mais rápido possível. Tenho um caso você precisa assumir.

A.M.

Tentando não imaginar que algo realmente ruim estivesse acontecendo, Lily se arrumou em apenas 15 minutos (agradecendo por ter lavado as roupas no dia anterior) e, pegando uma torrada e uma garrafa térmica com café, desaparatou para o Ministério.

Logo ela viu Moody em sua mesa, com uma expressão rabugenta. Lily suspirou e deu um bom gole de café. O dia seria longo.

-Senhor, bom dia – Ela cumprimentou, fazendo com que Moody se virasse para ela.

-Srta. Evans, que bom que pôde vir tão rápido – Ele respondeu, olhando rapidamente para o café da manhã na mão da ruiva.

-Imagino que seja um caso de complexidade grande...? – Ela comentou, tentando obter algo. Moody apontou para a comida.

-Termine de se alimentar, Evans. Vou lhe atualizar.

-Não há arquivos? – Ela questionou, sentando na sua mesa e tentando comer o mais rápido possível.

-Não, ainda não – Moody suspirou – Preste bastante atenção, Evans. Você fará esse caso, quer queira ou não.

Lily olhou para ele levemente surpresa. Então estreitou os olhos.

-É alguma droga de celebridade, não é? – Ela suspeitou. Moody ensaiou um sorriso (ela sabia que sua aversão a celebridades era divertida para o chefe).

-Sim, é. Mais ou menos. Um garoto de 18 anos chamado Jack Allyson foi achado morto hoje, às 3h da manhã no alojamento da Copa Mundial de Quadribol, na França.

-Mas essas coisas são tão fáceis de acessar! – Ela exclamou, sua mente dividida entre o choque de um garoto de 18 anos ter sido assassinado e a dificuldade de achar o culpado – Espere aí, pensei que envolvesse uma celebridade?

-Essa é a questão, Evans. Esse ano, a segurança foi ampliada. Existem o que chamam de credenciais, e fizeram um feitiço para que a entrada só seja permitida com a presença de uma, ficando registrada cada pessoa que entra. – Moody explicou. Lily finalizou sua torrada com uma expressão confusa.

-Então é só olhar quem entrou e prendê-lo. Qual o problema? E como uma celebridade se entra- ahh, entendo. – Lily falou. – Claro. O protecionismo de sempre.

-Não é apenas uma questão de não prender alguém famoso, Evans. O técnico da seleção achou o corpo do garoto, e ele me chamou. Eu também queria prender nosso principal suspeito, porém o Chefe do Departamento de Jogos e Desportos Mágicos me cobrou alguns favores, e resolvi investigar melhor.

Lily se segurou para não revirar os olhos.

-É por isso que estou no Ministério às 7h de sábado?

-Sim. Se puder me acompanhar, eles estão na minha sala.

Lily suspirou e se levantou, limpando os farelos de torrada de sua mesa com um gesto de varinha e dando mais um gole de café. A sala de Moody era a mais afastada, e também mais escondida.

Um Caso de CopaWhere stories live. Discover now