Capítulo Quinze

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-Meu pai descobriu. O assassino injetou ar na veia de Jack. Grandes quantidades de ar. Gerou uma embolia gasosa venosa massiva. O ar não deixava o sangue passar, o coração não conseguiu vencer todo o ar e parou.

-Ar? – James perguntou. Lily olhou para ele e acenou.

Antes que Lily pudesse falar mais sobre o assunto, a porta se abriu novamente, e Remus e Peter entraram, o primeiro claramente contrariado.

-James, vamos na casa de seus pais, ok? Peter quer ver aquela porcaria de seriado de qualquer jeito... – Remus falou, pegando alguma coisa na outra extremidade da mesa.

-Não fale assim de Quincy MD, Aluado! – Peter disse, se aproximando dos outros. Então ele percebeu os arquivos na mesa, e engoliu em seco.

-É, é o melhor seriado, vamos logo, Rabicho... – Remus respondeu revirando os olhos. Peter balbuciou alguma coisa e seguiu o amigo para fora do quarto.

-Isso é normal no mundo trouxa? – Benjy perguntou a Lily, mas James percebeu que a garota estava distraída; não distraída, mas concentrada em outra coisa: seus olhos viajavam das fotos para o laudo, até que ela resolveu responder.

-Não, não é normal. Para matar uma pessoa assim, o nosso cara teria que conhecer medicina, ou já ter visto algo assim na televisão, por exemplo... ou... – Lily arfou – ou os dois! – Ela se virou para James, pegando sua mão para chamar sua atenção – James, eu vou lhe fazer uma pergunta sobre aquela sexta-feira, e eu preciso que você seja 100% honesto comigo.

James acenou para o pedido. Lily estava torcendo para estar errada, porque se estivesse certa... ela não queria nem pensar nas consequências daquilo. Mas tudo encaixava, então ela tinha que pensar, tinha que eliminar essa possibilidade.

Lily suspirou.

-Naquela noite... me conte o que aconteceu. Tudo que se lembra.

-Essa é a pergunta? – James questionou, claramente confuso.

-Não, ainda não. Mas ajuda se você me contar.

-Bem, fizemos como sempre. Levamos Remus para o meio da floresta, nos transformamos e esperamos ele se transformar. Corremos um pouco, tomando cuidado para não chegar perto de pessoas. Até que Remus voltou à sua forma humana, então fizemos o mesmo e fomos dormir em casa.

-E, hum, todos vocês foram nesse dia? – Lily perguntou, hesitantemente. James franziu a testa.

-Sim, nós quatro estávamos lá.

-O tempo todo? – Ela pressionou.

-Lily, qual a sua pergunta? – A ruiva suspirou.

-James, você pode garantir que Peter esteve com vocês o tempo todo?

Lily, fazendo uma careta, observou o rosto de James se transformar numa máscara de surpresa, enquanto Benjy erguia as sobrancelhas.

-Peter? Por que... você acha que Peter...?

Um Caso de CopaWhere stories live. Discover now