Capítulo Catorze

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-Mais alguma teoria, Evans? – Moody perguntou.

Lily sorriu para o chefe e mentor. O tom de voz era duro, mas ela sabia que ele estaria interessado em ouvir novas teorias, não importava muito se muito malucas ou não.

-Sim, um pouco mais direcionada agora.

Moody ergueu as sobrancelhas. Eles estavam no mesmo bar de antes, um lugar neutro que ninguém parecia se importar com eles.

-Diga, então.

-Na verdade, senhor, é aquela mesma teoria. Do modo do assassinato – Ela disse. Moody focou os dois olhos nela.

-Continua achando que foi trouxa?

Lily assentiu e explicou sobre a sua suspeita de terem usado alguma veia de Jack pelas fotos que tinham da cena do crime.

-O que você precisa para continuar a investigação sob essa perspectiva?

-Então o senhor concorda? – Lily achava que teria mais trabalho de convencer o chefe.

-Você sabe muito mais sobre o aspecto trouxa do nosso trabalho do que eu. Vou confiar na sua avaliação, Evans. O que precisa?

Lily hesitou. Essa era a parte mais difícil.

-Ai, ai, Evans. Desembucha. – Moody rosnou, voltando a olhar para todo o restaurante com o olho azul vibrante. Lily suspirou.

-O ideal seria eu fazer uma investigação mais... bem, trouxa. O problema é que em casos como o de Jack, os trouxas fazem uma coisa chamada autópsia.

-E o que é isso?

-De maneira simples, eles, hm, cortam o corpo para ver se há algo errado ou que dê uma dica do que possa ter ocorrido, além de fazer uns exames com sangue, urina e outros órgãos que possam servir.

Moody voltou a encarar Lily com os dois olhos. Mesmo que ela tivesse desviado o olhar, saberia que o chefe estaria com uma expressão de surpresa e um pouco de desgosto.

-Quê?

-Bem, os trouxas não sabem fazer feitiços que ajudem, senhor. Não há nada assim.

-E você quer fazer isso com o filho da Ministra?

-Quero que um profissional faça.

Moody coçou o pescoço e deu um gole do uísque.

-Como vamos encontrar um trouxa que faça isso? Para depois lançar um feitiço de memória nele?

-Eu tenho um em mente, senhor, que seria perfeito, pois não seria quebra do estatuto de sigilo.

Um Caso de CopaWhere stories live. Discover now