Epílogo

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-Marlene, se você foi minha amiga em algum momento da minha vida, você vai me ajudar.

A morena ergueu as sobrancelhas e olhou para cima.

Marlene estava na sua sala, lendo o que prometia ser o relatório mais chato do universo, quando sua amiga ruiva apareceu, sem nem bater na porta, um leve desespero nas feições.

-Lily, está tudo bem? – Marlene perguntou, satisfeita em colocar os pergaminhos (tão maçantes que chegavam a ser ofensivos) de lado.

-Sim. Não. Não sei. – A ruiva mordeu o lábio inferior e remexeu na roupa.

-Ok, por que você não se senta? – Marlene sugeriu, indicando uma cadeira. Lily assentiu e fez o que a morena disse – Pretende dizer qual o problema?

-Sim, eu só... eu não sei... eu...

Marlene estava surpresa. Lily quase nunca ficava tão confusa, sem conseguir se comunicar, demonstrando tantos sinais de ansiedade. Marlene nem conseguia se lembrar da última vez.

-Devo chamar James...? – Marlene perguntou. Desde que Lily começara a namorar o jogador de Quadribol há três anos e meio, ele descobrira jeitos de acalmar Lily em momentos críticos de seus casos.

-Não! – Lily interrompeu imediatamente, um pouco de pânico na sua voz, fazendo com que Marlene começasse a ficar realmente preocupada – Por favor, não fala com James. Eu... preciso de sua ajuda antes. Isso. Depois James.

Marlene ergueu as sobrancelhas novamente.

-Lily, você está me assustando. O que aconteceu?

-Você pode sair para almoçar agora? – Lily disse em resposta. Marlene não podia, mas ela daria um jeito.

-Se eu for demitida, eu vou morar com você – Marlene retrucou enquanto caminhava com Lily para o restaurante que geralmente iam, mas nem assim Lily esboçou um sorriso. Ela ainda estava meio pálida, como Marlene raramente via.

-Lene! Lily!

Marlene e Lily pararam imediatamente de andar e se viraram para o chamado; a morena com um sorriso e a ruiva com o corpo tenso.

-Indo almoçar? – Benjy perguntou, abraçando as duas. Marlene sorriu ao perceber o cabelo dele tingido de amarelo palha para algum caso.

-Sim, sua parceira está com algum tipo de problema aqui e quer me ver no olho da rua – Marlene respondeu.

-Então não está se sentindo melhor? – Benjy perguntou.

-Estou. Mais ou menos. Ai, Deus, vamos logo, vê se não atrapalha, Fenwick.

-O que ela estava sentindo? – Marlene perguntou – Oh, espera, deixa eu pegar meu gravador e descobrir que mistério é esse chamado Lily Evans.

Um Caso de CopaWhere stories live. Discover now