-Quais novidades você tem para mim, Benjy? – Lily questionou, ao perceber o colega se sentar sutilmente ao seu lado numa das mesas da festa. Ele sorriu.
-Eu nunca consigo te surpreender, não é? – Ele perguntou, sacudindo os cachos claros.
-Não desista. Quem sabe um dia?
Ele riu e revirou os olhos.
-Quer saber o que eu tenho para você ou não? – Benjy questionou, olhando para o outro lado.
-Desembucha logo, homem! – Lily pediu. Ele sorriu em resposta.
-Coloquei uma ficha com essas informações na sua mala, mas preferi lhe dizer pessoalmente para que possamos discutir um pouco.
-Então me diga.
-Demos uma olhada no corpo do garoto. Jack Allyson não foi morto por um Avada Kedavra.
Lily encarou rapidamente o colega, erguendo as sobrancelhas em surpresa. Ela já encarava a Maldição da Morte como a causa da morte desde o início. Não havia sinais de violência, pelas fotos que ela vira.
-Foi envenenado? – Lily perguntou logo em seguida. Benjy sacudiu a cabeça em negação.
-Não há nenhum traço de qualquer tipo de conteúdo mágico... – Ele explicou – Nós basicamente não sabemos como ele morreu.
-Então... isso simplesmente pode não ter sido um assassinato? – Lily perguntou, então sacudiu a cabeça – Por algum motivo, eu não acredito nisso.
-Nem eu, e muito menos Moody. Ele era um garoto saudável, mas aparentemente morreu de causas naturais.
-Não engulo essa – Lily comentou – Mesmo que não seja um assassinato aparente, alguém matou Jack.
Antes que Benjy pudesse responder, foram interrompidos pela mulher sentada ao lado deles.
-Ah, estão falando da morte daquele pobre garoto? Uma tragédia, não? Fiquei muito abalada, e muito preocupada, mas não podia deixar meu menino não jogar...
Lily percebeu um forte sotaque que indicava que a mulher não era inglesa – não parecia ser francesa, tampouco. A ruiva franziu o cenho, mas Benjy sorriu educadamente e se levantou, pegando a mão de Lily e levando-a para a pista de dança.
-O fato de não ter sido um Avada pode significar que o bruxo que o matou não seja poderoso o suficiente para lançar um – Lily sugeriu, recostando a cabeça no ombro de Benjy enquanto eles giravam lentamente.
-Se pensar nessa linha, Voldemort não seria incluído – Benjy replicou.
-Não ele diretamente, claro. Mas eu não pensei em nenhum momento que ele teria feito isso pessoalmente – Lily comentou. Benjy pareceu encarar isso como uma possibilidade.
-Como está com Potter? – Ele perguntou. Lily suspirou.
-Ainda não tive como investigar de fato. Precisamos pensar em algum jeito de questionar as pessoas sem que eu me afaste de Potter.
-Eu posso questionar. Ou ficar de olho em Potter. Como preferir.
-É uma boa ideia – Lily concordou – Coloque Marlene na jogada que facilita. Potter tem um treino amanhã pela tarde, e eu e Lene vamos. Posso inventar que estou indisposta, ou que simplesmente não quero ir e perguntar a Potter se você poderia ir no meu lugar. Marlene acreditaria nisso facilmente.
-Não vão desconfiar se você ficar para trás? – Ele perguntou. Lily arfou com uma fingida indignação, afastando sua cabeça para encarar Benjy nos olhos.
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Um Caso de Copa
RomantikO ano é 1982, 4 anos após certos Marotos saírem de Hogwarts. Nossa amada ruiva Lily Evans é um dos destaques do Departamento de Aurores do Ministério, sendo a protegida de seu chefe Alastor Moody e de seu "parceiro" Benjy Fenwick. Ela conseguiu mant...