Capítulo 50

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Eu disse que tinha mais, estão com os lenços? Se não vão lá pegar.

Temos revelações que já venho deixando nas entrelinhas a um tempo, será que vocês perceberam? Veremos.

Ouçam a música no lugar marcado.

Bora ler meu povo.

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Penúltimo capítulo parte 2

Natalya Petrovich

Não sei quanto tempo dormi mas acordei sentindo algo roçando no meu pescoço me mexo rapidamente e uma mão aperta minha cintura e outra minha nuca, abro os olhos assustada ao ter meus lábios tomados com muito custo consigo morder seus lábios com força e ele me solta e desfere um tapa no meu rosto.

- Não deveria morder seu marido. - Ivan reclama limpando o sangue da boca.

- Você me dá nojo seu infeliz. - Digo e recebo outro tapa.

- Não digo tolices admita que sentiu minha falta também. - Ele diz cheirando meu pescoço e me encolho para fugir do seu toque. - O que há com você nunca tentou fugir de mim, isso é culpa minha por dar uma vida de rainha a uma vadia. - Ele diz com raiva.

- Eu tenho repulsa do seu toque, o cheiro podre da morte te acompanha onde quer que vá. Passei vinte anos suportando estar ao seu lado por causa dos meus filhos, eu sabia que não seria fácil fugir então apenas me calei e esperei o momento certo para me livrar da sua presença repugnante. TENHO NOJO, ASCO, ÂNSIA DE VOCÊ! - Grito a plenos pulmões o olhando com ódio e cuspo em seu rosto, sua raiva aumenta e ele volta a me bater com mais força.

- NÃO ENCOSTA NELA SEU ANIMAL! - Oleg grita e Ivan para virando-se para ele, estamos em uma especie de galpão amarrados as vigas de sustentação da estrutura que parece estar em obras, olho para o meu filho coberto por sangue e marcas roxas por todo o rosto, ele está visivelmente fraco.

Oh meu Deus o que fizeram com meu filho?

- Cala a porra da boca, ainda não terminei com você querida não saia daí. - Ivan diz e caminha até Oleg. - Como é a sensação de saber que tem pouco tempo de vida?

- Me diga você? Vou acabar com a sua raça seu desgraçado assassino. - Oleg diz e cospe sangue ao receber um soco no estômago.

- Atrevido como o pai. - Ivan diz e vai até Pavel que está desacordado ao lado de Oleg, ele pega um bastão e acerta no joelho direto de Pavel que acorda urrando de dor. - Agora sim família reunida e todos acordados, o que acha de contarmos uma historinha para nosso querido Oleg? - Ele diz erguendo a cabeça de Pavel o puxando por seus cabelos.

- Não... faça isso... p...por favor... não faça. - Pavel pede com dificuldade.

- Agora não porque tenho uma surpresinha para minha amada esposa. - Ivan fala e se vira para mim. - Sua irmã me deixou a par da vida que você tinha naquela merda de país, principalmente de três pessoas que deixou para trás. Sempre soube que um dia aqueles inúteis teriam serventia. - Um medo ainda maior recaí sobre mim, sei exatamente de quem ele está falando. Deus ele não pode fazer isso, ele puxa do bolso de seu blazer um envelope e retira fotos. - Severina e... Joaquim Ribeiro, tinha esquecido os nomes dos velhos.

Ele mostra fotos que parecem ser recentes, os dois já tem lá sua idade avançada mas fisicamente não mudaram nada os traços marcados pelo sol e pelo cansaço dos anos de trabalho, os dois ainda tocam o simples mercadinho construído por meus pais e que deixei aos seus cuidados a vinte anos atrás. As lágrimas de saudade inundam meu rosto e um sorriso odioso se forma nos lábios de Ivan.

O Agente e o Herdeiro da Máfia (Duologia Irmãos Petrovich) Livro1Onde histórias criam vida. Descubra agora