Capítulo 8

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DOM

Cheguei na minha sala e tinha uns carinhas lá. Fiquei conversando com eles. Eles eram legais e trocamos algumas ideias. Era o Sargento Andrada e o Saraiva. Aproveitei e perguntei se conheciam alguma oficina.

Dom: Aí, vocês conhecem alguma oficina boa e rápida?- eu disse me sentando na cadeira.

Pierre: Ih cara, deu ruim no carro já ?- ele disse fazendo cara feia.

Dom: deram uma amassadinha hoje cedo, mas ele ta novinho.

Saraiva: E quem foi? Sempre tem um ruim de roda nessa porra- ele riu

Dom: Foi a médica loirinha, gostosinha , uma loucura ela até que a gente perdoa- eu ri e percebi que eles se olharam .

Caralho, esqueci que eles eram irmãos, fui desfazendo o sorriso.

Saraiva: Ou, não fala assim dela- ele disse irritado - É a irmã dele- o Andrada catucou ele e riu.

Andrada: Relaxa, ela é gata mesmo, mas ele paga paixãozinha pra ela- ele disse debochando e nós dois rimos.

Saraiva: não é isso, só achei que você não fosse gostar- ele disse se explicando.

Andrada: Ta safo!- ele bagunçou o cabelo do Saraiva.

Dom: E ela namora?- eu disse curioso.

Andrada: Que nada, solteirinha! Mas vai com calma aê que ela não é de dar moral não- ele fez sinal de reprovação.

Saraiva: isso é, quase todos os caras dessa base aqui já tentaram e foram sem sucesso.

Dom: Relaxem, eu tenho um "Dom"- eu e o Andrada rimos e o Saraiva acho que ficou bolado. Andrada me passou o número da oficina e eu já estava agilizando as coisas.

Levantamos e fomos pro refeitório. Ficamos resenhando e logo logo a Doutorinha tava na área. Ela tinha uma parada que sei lá, quando ela chegava ela iluminava sabe qualé? Ok, meio gay mas ela tinha uma presença muito forte. Fiquei a observando conversar e não me concentrava em quase nada que ela dizia. E quando ela tava saindo, chamei pra gastar com ela e quando ela se virou, só consegui passear naquele corpo e imaginar o quanto ela era gostosa sem todo aquele uniforme. Ela ainda vai se entregar todinha pra mim. Ah se vai!

ANTONELLA

Sai do refeitório me sentindo vitoriosa. Telefonei pra Giu, que estava saindo do escritório também e fomos almoçar. Hoje ela estava no carro dela e já fui direto pro restaurante. Conversamos sobre a festa e até que meu irmão tava sendo legal com ela .

Giulia: Mas e ai amiga, como está sendo lá na base?- ela disse mexendo no suco e esperando minha resposta.

Antonella: Ah foi super tranquilo o dia, só comecei batendo no carro de um Tenente que é um poço de simpatia pra não dizer ao contrário- eu revirei os olhos.

Giulia: jura amiga? Aquele gato que você tinha dito no sábado né ?- ela disse na dúvida.

Antonella: O próprio- eu ri - ele é uma loucura, tem aquela cara de mau que você sabe que eu adoro?- ela riu e eu imaginei por um instante aqueles braços me envolvendo e aqueles lábios avermelhados passando pelo meu corpo.

Giulia: Ei, mana? Ta viva ?- ela disse passando as mãos na frente do meu rosto.

Antonella: to, tava pensando em uns negócios aqui - eu ri sem graça e ela fez uma cara de desconfiança, sabendo do que se tratava.

Conversamos mais um pouco, tiramos fotinho e já tava quase na hora de voltar. Pagamos e seguimos em direção aos nossos carros e fomos para o nosso destino.

Cheguei na base e já tinha uns três soldado me esperando pra serem atendidos. Eu sairia as 16:00 e já era umas 15:30. Sentei na mesa mesmo e fiquei mexendo no celular. De repente alguém bate na porta.

Dom: Doutorinha, posso entrar ?- disse ele com metade do corpo na sala .

Antonella: Pode sim- eu disse balançando a cabeça em sinal de afirmação.

Dom: Então pra aliviar sua barra já resolvi tudo, não precisa pagar por nada não- ele disse se sentando na cadeira de frente pra mim.

Antonella: Mas o que foi isso um surto de gentileza ?- eu disse irônica.

Dom: É, não faz meu tipo não mas resolvi me desculpar por ter sido escroto- franzi a testa em sinal de espanto.

Antonella: Então ta, mas eu quero pagar , seu carro tava novinho , nem bem us.... - ele me interrompe.

Dom: Posso ser gentil com você ?- Ele disse, fitando meus olhos, me deixando envergonhada -
Antonella: ok então- sorri sem graça- obrigada.

Os olhos dele corriam pelo meu corpo.

Dom: Agora me diz aqui, quis bater no meu carro só pra ter uma desculpa pra poder falar comigo não foi não ?!- ele disse num tom debochado.

Antonella: você se acha né garoto?- eu disse, irritada- saiba que você não me atrai nem um pouco- menti descaradamente e ele rapidamente levantou da cadeira , ficando cara a cara comigo. Nossos olhos se encontravam, o silêncio falou por nós.

Nossas respirações ficaram mais rápidas e ele segurou meu queixo com força, e eu gostei.

Dom: Tem certeza disso?- ele disse olhando prós meus lábios.

E rapidamente eu voltei a mim. Não posso cair no jogo dele. Desci da mesa me afastando dele.

Antonella: Claro que sim- eu disse me ajeitando- agora por favor, eu tenho que ir embora.

Dom: Ta bom, eu me retiro- ele disse caminhando para a porta ,sorriu de canto e saiu. Deus o que foi isso? To tremendo até agora me joguei na cadeira e fiquei viajando por uns momentos, depois arrumei as coisas e fui embora.

A Cardiologista e o Primeiro TenenteOnde histórias criam vida. Descubra agora