Capítulo 11

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DOM

Desci do quarto puto. Que porra de garota maluca. Primeiro fica dançando, me instigando e depois fala que eu sou o culpado! Eu hein. Sei que ela foi diferente, não correu atrás de mim que nem as outras, mas pera lá né só sei que foda-se, vou beber pra caralho hoje. Fui até no bar, pedi umas doses de tequila e mandei. A Antonella desceu logo depois. Nem quero muita onda com essa maluca não. Logo depois ela chegou na rodinha onde estávamos, junto com a Giulia.

Pierre: Ué Tonton, a Giulia disse que você tava com aquele pangaré do Maurício- ele disse espantado.

Dom: É Doutorinha, cadê o namorado?- eu disse sarcástico.

Ela me encarou e lançou um olhar feio.

Antonella: É, ele teve um compromisso, sabe como são os médicos- ela mentiu e sorriu sem graça.

Dom: Poxa, que chato! Achei que fosse tomar uma com a gente- eu disse debochando- e o Pierre riu também.

Eu já estava bem chapado e sim, eu sou irônico demais. Ela desconversou do assunto e as vezes me encarava. Eu já conhecia aquela cara, ela estava brava ,muito brava.

ANTONELLA

Já estávamos todos muito bêbados e não falando nada com nada. Os meninos foram pra pista, dançaram sem camisa, fizeram um auê hahaha meu pai não sabia nem o nome dele, coitado!

Eu estava um pouco tonta e nem um pouco afim de ir pra casa. Me despedi do pessoal, subi pro meu quarto e fechei a porta. A Giulia agora era responsabilidade do Pierre. Tirei meus acessórios e deitei na cama. Olhei pro lado e vi a carteira do Dom. Só podia ser dele. Tinha o emblema do exército. Além dele ser um escroto ainda vou ter que devolver a carteira pra ele.

Olhei minhas mensagens um pouco e resolvi mandar uma pro Maurício , dizendo que preciso conversar com ele amanhã. Espero que ele tope. Levantei e fui tomar um banho. Terminei e deitei só de calcinha mesmo. Apaguei em segundos.

DOM

Eu já estava bem louco e não sabia onde era nada mais. Vi a Antonella subir. Deu até vontade de ir atrás, até porque ela ainda continua a gostosa de antes mas depois lembrei que ela deve está me odiando agora. Eu não tinha condições de dirigir e pedi ajuda ao Pierre.

Dom: cara, to muito ruim- eu disse apoiando no ombro dele- me leva pra casa. Me esquecendo que ele estava pior que eu.

Pierre: Cara fica ai, tem lugar pra gente e mais 20 mendigos nessa casa- ele riu e eu tentei contestar, mas não conhecia a cidade e achei melhor ficar mesmo. Amanhã cedo eu meto o pé. Enquanto isso vamos beber. Continuei bebendo e depois já estava no meu limite. Cai morgado no sofá da sala.

ANTONELLA

Acordei mais cedo um pouco e o Maurício tinha me respondido. Topou pra sairmos para conversar. Era umas 10h, então provavelmente 12:30 ele estaria passando pra gente almoçar. Meu pai quando bebe, hiberna, então não deveria estar acordado.

Tomei um banho demorado e depois sai. Ainda tinha umas roupas aqui porque dia de domingo eu sempre venho pra cá, e tem piscina e tudo mais. Coloquei uma roupa aqui e desci pra comer algo.

A casa parecia um abrigo. Milhões de pessoas dormindo e ainda tinha um cachorro de rua deitado do lado do Pierre. O Dom também estava lá. Todo esparramado no sofá. Me encostei na mesa pegando uma maçã.

As empregadas chegaram pra arrumar a zona e pedi pra avisarem a meus pais que saí pra almoçar com um amigo. Agradeci a elas e sentei no jardim da casa, esperando o Maurício. Logo logo o porteiro disse que ele estava lá fora me esperando. Caminhei em direção ao carro e lá estava ele. Com seus olhos verdes e sorriso de lado.

Antonella: Que bom que você veio- eu disse entrando no carro- ele sorriu, beijou meu rosto e seguiu com o carro.

A Cardiologista e o Primeiro TenenteOnde histórias criam vida. Descubra agora