Capítulo 58

9.8K 542 17
                                    

Antonella: Pai ? Você aqui ?- eu disse franzindo a testa- aconteceu alguma coisa?- disse preocupada.

Coronel: Não filha, posso entrar?

Antonella: Claro- eu disse abrindo a porta e ele entrou- Olha, eu te peço desculpas por ter te contado daquele jeito, ter te assustado, mas achei fosse uma maneira melhor de te falar- eu disse me sentando no sofá e ele também.

Ele estava com uma sacola na bolsa e ele me entregou.

Coronel: Olha, é pra você- ele sorriu.

Eu abri e tinha um body tão miudinho com a estampa do exército escrito: Sou do vovô! Meu olhos se encheram de lágrimas e eu comecei a chorar. Ele se segurava , mas seus olhos também estavam lacrimejados.

Antonella: Pai, é lindo- eu sorri- Eu amei- eu disse abraçando ele.

Coronel: Antonella, é tudo muito novo pra mim- ele disse abaixando a cabeça ç- Você é minha menininha, minha princesa- ele disse passando a mão nos meus cabelos e eu estranhava tanta sensibilidade.

Antonella: Eu te entendo pai- eu sorri.

Coronel: De repente vejo você sendo independente, namorando e agora sendo mãe... Eu me assusto com tanta mudança e quero te proteger de tudo, mas eu não posso- ele disse me olhando.

Antonella: Eu também tenho medo pai, mas o Dom é um ótimo rapaz- eu tentei confortá-lo.

Coronel: Eu sei, ele te respeita e é isso que importa! Sua mãe conversou comigo e eu vi que estava errado mesmo. Me perdoa ? Eu só quero o seu bem- ele sorriu sem mostrar os dentes e eu nem respondi, abracei ele forte e sussurrei: Você sempre será o primeiro homem da minha vida! E dei um beijo no rosto dele.

Fiquei conversando um pouco com meu pai e logo ele foi embora. Decidi tomar um banho, me arrumar e ir até o hospital pra começar com o pré - natal!

Me arrumei, coloquei uma roupa fresquinha e fui. O trânsito tava um inferno e eu demorei séculos. Mas cheguei e falei com a menina da recepção.

Ela falou com o pediatra que atendia que era meu amigo e eu esperaria só uns min. pra ele me consultar. Estava indo pra sala da administração conversar um pouco e de repente encontro o Maurício.

Maurício: Mas olha só quem eu encontro por aqui gente - ele disse me abraçando- Achei que só fosse te ver daqui há um ano- ele disse sorrindo.

Antonella: pois é, tô na área- eu disse rindo.

Maurício: Vai voltar pro hospital?- ele disse curioso.

Antonella: Vou, mas por pouco tempo- eu sorri sem graça e ele me olhou confuso.

Maurício: Por que ?- ele disse curioso.

Antonella: Na verdade hoje eu vim aqui como paciente...

Maurício: Você ta doente ?- ele arregalou os olhos.

Antonella: Não, Deus me livre! Eu vou ser mamãe mesmo- eu sorri e ele arregalou os olhos.

Maurício: Você ? Grávida ? O negócio ficou mais sério do que eu pensava- ele riu surpreso.

Antonella: Pois é, vou indo nessa- eu disse dando um beijo nele e saindo.

Fiquei conversando com o pessoal do hospital e logo depois fui atendida.
Eu estava ansiosa pra saber o sexo, e já sabia mais ou menos como aconteceria com o exame de sexagem.

Esse exame é um exame de sangue, que tem 99% de chances de acertos. Ele detecta se há a existência do cromossomo Y ( masculino ) no sangue da mamãe. Ai você tem o resultado assim: Há presença de cromossomos Y e não há presença de cromossomos Y.

Eu como uma boa curiosa já me informei de tudo e amanhã mesmo eu iria fazer. O resultado sairia em 5 dias úteis.

Sai de lá e estava tudo ok com o baby.
Passei em um restaurante e o Dom me ligou. Nos encontramos e fomos almoçar juntos.

Antonella: Por onde andou a manhã inteira bonitão- eu disse me sentando na mesa.

Dom: É... Fui resolver uns problemas lá no quartel- ele disse meio sem graça.

Antonella: Olha lá hein, tô de olho- eu disse balançando a cabeça.

Dom: Ih gordinha, tá com ciúmes ? Isso é um milagre- ele riu.

Antonella: Vem mudando de assunto não, palhaço- eu disse emburrada.

Dom: É sério, fui resolver uns problemas.
Saindo do assunto, você ta uma delícia com essa roupa, pensei até em dar uma rapidinha no banheiro do restaurante- ele disse mordendo os lábios e fazendo cara de safado.

Antonella: Olha os modos, agora você é um pai e eu sou uma mãe- eu disse olhando o cardápio e ele fez cara de triste.

Dom: Tá bom gordinha- ele disse fazendo cara de triste e eu ri.

Falei a ele sobre o exame, ele ficou todo empolgado. Amanhã eu ia fazer uma ultra pra saber como estava e ia no laboratório fazer o exame. O Dom era um super pai e queria me acompanhar em tudo.

Ficamos conversando um pouco e eu contei sobre o meu pai. Ele ficou todo feliz e empolgado pra comprar logo as coisas do bebê.

Depois fui pra casa, e ele voltou pro quartel. Fiquei mexendo na net, conversando com a Giulia e acabei pegando no sono.
Acordei era umas 18:30 e nada do Dom. Já estava começando a ficar bolada.

Quando foi umas 19:20 ele chegou em casa, com os cabelos bagunçados de vento e espantado.

Dom: Amor, cheguei tarde né ?!- ele disse entrando em casa.

Antonella: Posso saber onde você tava ?- eu disse irritada.

Dom: Quartel Antonella! Você ta com fome ?- ele me olhou ignorando minha pergunta.

Antonella: Tá bom Dom, eu agora sou alguma criança... Você nunca demorou em porra de quartel nenhum! Não é achando que eu tô grávida que eu tô morta tá me entendendo ?- eu disse levantando do sofá.

Dom: Calma amor- ele disse rindo.

Antonella: Eu tô rindo caralho? Não tô achando graça- eu disse dando um tapa nele.

Dom: Eu tô falando a verdade, não precisa surtar! Vem me dar um beijo que eu tô morrendo de saudade vem- ele disse me abraçando e eu empurrei ele.

Antonella: Nem vem tá? Não quero papo! Sai- eu disse saindo de perto dele e ele continuou rindo- Qual é a tua hein?! Para de rir- eu joguei uma almofada nele e sai puta da vida é entrei no banheiro.

Fui tomar um banho puta da vida. Será que ele estava me enrolando? Fiquei um tempo embaixo do chuveiro só pra enrolar.

Dom: Gostosaaaa- ele gritou.

Antonella: vai pra puta que pariu- eu disse gritando também e ele entrou no banheiro.

Droga, esqueci da porta. Ele me olhou pelo blindex do box e deu um sorriso safado. Ele estava sem camisa e só de calça.

Dom: Posso tomar banho junto?- ele disse encostando no blindex.

Antonella: Não- eu disse sem olhar pra ele.

Dom: Ah mas eu vou- ele disse tirando a calça e entrando no box.

Antonella: Eu já falei que enquanto você não se explicar, eu não vou falar com você ? Deixa eu tomar banho com meu meu filho?- eu disse irritada.

Dom: Nem se eu não falar nada, eu não vou poder ficar ?- ele disse se aproximando e me encostando na parede, me fazendo respirar mais forte e mais rápido. Eu já estava louca pra que ele me agarrasse fizesse daquele jeito que só ele sabia.

Antonella: Eu já sei o que você ta tentando fazer- eu disse gaguejando.

Dom: O que ?- ele disse se aproximando mais ainda e olhando pros meus lábios.

A Cardiologista e o Primeiro TenenteOnde histórias criam vida. Descubra agora