INFINITY (Vkook/Taekook)

Capítulo 12: meu

POV: narrador

Taehyung nunca pensou que se encontraria em uma situação como a que estava. Jimin, seu melhor amigo, estava o beijando no meio de um clube noturno e, a partir daí, tudo para ele era confuso. Era confuso como os lábios de Jimin se encostaram aos dele, mas ele não conseguia tomar qualquer atitude sobre isso. Era confuso que ele estivesse com os lábios grudados ao dele, mas sem conseguir ter qualquer reação. Ele não sabia o que pensar, para ser honesto. O que ele deveria pensar? Ele deveria retribuir? Por que Jimin havia feito isso?

Tudo o que se passava pela mente de Taehyung era a cena do lago, onde ele tivera seu primeiro beijo com Jungkook. Jungkook, seu companheiro, quem ele queria beijar para o resto de sua vida. 

Não era o mesmo com Jimin, tudo ali estava errado, ao inverso.

Não parecia certo. Isto não estava certo, ele sabia. Mas, de toda forma, ele ainda não conseguia se mover. No entanto, uma coisa o tirou de seu estado de quase irracionalidade: o aroma de Jungkook. Taehyung rapidamente abriu os olhos, tendo certeza de que ele estava ali. Ele podia sentir. Mais que isso: ele pôde sentir um olhar intenso sobre suas costas, que ele tinha certeza que pertencia à mesma pessoa.

Jimin tinha os olhos fechados, uma das mãos em torno do cotovelo de Taehyung e sua boca ali, ainda presa e imóvel contra a do ômega. Mas, antes que qualquer ação se sucedesse, ele foi arrancado para longe de Taehyung e empurrado contra a parede evidente, tendo um soco desferido em sua mandíbula. Jimin virou o rosto, já atordoado com o impacto, mas sem ter como se livrar do outro. Taehyung levou as mãos até a boca e arregalou os olhos, olhando para Jimin e gritando um desesperado e longo "não" para a cena. 

Ele não tinha conseguido processar a sequência dos fatos em tão poucos minutos, mas, ao olhar para a pessoa que prendia Jimin contra o colarinho de sua camisa, um arrepio frio percorreu sua espinha. Lá estava Jungkook, mãos fechadas em punhos, respirando pesadamente. A sensação de pânico rapidamente consumiu Taehyung, que mal pôde confiar em sua própria visão.

Jimin pareceu perceber o que estava acontecendo de uma maneira tão lenta quanto Taehyung havia feito. Quando ele tentou se pronunciar para Jungkook, o outro o impediu:

— Como você se atreve a tocá-lo?! — Jungkook disse, interrompendo Jimin antes que ele pudesse dizer qualquer maldita coisa. A fúria era clara em seus olhos vermelhos, mas suas garras ainda não tinham aparecido. Jimin não o respondeu, ao invés disso, ele atacou Jungkook, devolvendo o golpe com a mesma intensidade, mas Jungkook estava equilibrado o suficiente para sequer tropeçar para trás.

Taehyung olhava para a cena sem mal respirar, incapaz de registrar se aquilo estava de fato acontecendo ou não. Uma espécie de plateia tinha se formado ao redor deles, e boa parte das pessoas olhavam para Taehyung, como se soubessem exatamente que ele tinha sido o causador de toda aquela confusão. Os dois homens continuavam trocando golpes e ferindo um ao outro, Taehyung viu o sangue escorrer do nariz de Jimin, pintando seus lábios e queixo de vermelho. Jungkook tinha um corte feio em sua sobrancelha, parte de seus lábios também sangravam. 

Quando Jimin chutou o peito dele e ele estava pronto para agarrar seu pescoço, Taehyung sentiu a voz surgir em sua garganta.

— Jungkook! — O ômega chamou por ele, com uma voz rouca, quase inaudível. Com o punho parado ainda no ar, Jungkook interrompeu suas ações imediatamente, recuando. — Por favor, pare... — Taehyung soluçou, vendo Jimin com parte do rosto coberto de sangue e uma feição de dor.

Jungkook virou-se e encontrou os olhos de Taehyung, que viu os olhos do outro voltarem a sua cor comum.

— Jungkook! — Era Yoongi, correndo na direção do círculo formado e parando abruptamente quando chegou até o meio. Taehyung havia feito contato por link com ele, foi uma das poucas coisas que ele conseguiu fazer para interferir e, ainda assim, tinha sido tarde demais. Jungkook mal prestou atenção no amigo, seus olhos focados apenas no garoto que estava há poucas horas em seus braços, mas que, agora, ele era incapaz de consolá-lo. — Porra, Jungkook! O que você fez?! —