João acendeu a luz rapidamente, diante do grito que Daniel dera no meio da noite!
— Shiiiii...calma...foi só um pesadelo. — disse abraçando o rapaz que chorava aflito.
Haviam combinado o flagrante com Fábio e concordaram que não podiam mais adiar aquilo. Seria montado todo um esquema onde Eurides iria receber a visita de Daniel em sua casa e tudo já havia sido ensaiado para que ele logo confessasse os crimes, por acreditar que estava sozinho com o rapaz ali naquela sala.
Fábio ficara responsável por instalar as câmeras e os gravadores no local combinado, a fim de registrar a confissão e dar o flagrante no assassino. Tudo já tinha sido instalado na véspera com sucesso e não tinha possibilidade de erro!
Daniel sabia que João não estaria longe e além do mais o rapaz estaria usando um colete à prova de balas, mas ainda estava apreensivo.
— Não aguento mais esta situação, João! — desabafou.
— Eu sei, amor, eu sei... — João afagava as costas dele protetor. — Agora falta pouco e não tem como dar errado. A gente tem todo o esquema montado, ensaiado e repassado e você ficará na frente dele por apenas alguns minutos. Temos a nosso favor o elemento surpresa e eu conheço bem o Eurides. Ele vai pirar ao te ver ainda vivo e o acusando dos assassinatos! Sentindo-se seguro de estarem sozinhos, ele vai confessar tudo com certeza ao jogar na sua cara que tem o controle da situação.
— Serão minutos que parecerão durar horas, isso sim. E só de pensar que ele vai vir com tudo pra cima de mim...chego a ter náuseas, João...náuseas..._disse tampando o rosto.
— Pense que será sua chance de se ver livre de todas as acusações, Daniel. Depois disso...a gente vai ficar bem, você vai ver._disse tentando acalmá-lo._ Assim que ele entrar, eu e o Fábio nos posicionaremos do lado de fora da porta e a gente estará usando escutas para ver o momento certo de entrar. Eu tenho a cópia da chave da porta. Vai ser muito rápido, eu prometo.
Levou um tempo para Daniel se acalmar e voltar a dormir. João, porém, passou o restante da noite em claro.
Por experiência, o policial sabia que até os melhores planos poderiam dar errado e fora justamente por isso que fizera o plano B junto com Marta, que substituiria o plano A, que era aquele combinado com Fábio e Daniel.
No plano A, a ideia era contar com o elemento surpresa...a surpresa momentânea de Eurides, a confusão dele ao ver Daniel vivo em seu apartamento, imaginar que João mentira e que Daniel poderia acusá-lo. Acreditando, porém, estarem sozinhos e conhecendo o antigo parceiro de longa data, João já instruíra Daniel a provocá-lo a fim dele confessar tudo ao debochar de sua posição privilegiada sobre o rapaz!
Fora difícil controlar Fábio, que queria ir direto à casa de Eurides e obrigá-lo a confessar, mas João ainda tinha influência suficiente sobre ele para o convencer a esperar mais um pouco e aguardar o momento certo. Fábio não poderia correr o risco de se machucar!
O policial sabia que devia aquilo a Elias, um bom pai de família, um profissional exemplar e que morrera de forma tão covarde, tão absurda assassinado por Eurides apenas para tornar Daniel um homem perseguido por todos os policiais daquela região! Fora um golpe de mestre, João reconhecia: tornando Daniel suspeito de ter matado Elias, Eurides garantia que ele não chegaria vivo a um tribunal!
E ainda queria descobrir por que Eurides começara tudo aquilo...por que ele matara Lúcia de maneira tão monstruosa...a facadas e ainda em seu leito! Ele precisava saber o que levara Eurides a matar uma pessoa tão boa e inofensiva quanto a adorável Lúcia! E fosse qual fosse o motivo, o próprio policial Maurício queria garantir que o ex-parceiro pagasse pelos seus crimes!
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VOCÊ ME PERDOA, AMOR?-Armando Scoth Lee-romance gay
RomantizmIMPRÓPRIO PARA MENORES DE 21 ANOS! Maurício não podia acreditar no que ouviu: alguém matara Lúcia, a mulher da sua vida, de maneira covarde! Maurício não podia acreditar no que viu: Daniel, o filho de Lúcia, o principal suspeito do assassinato da p...