IIX - Strabarry & Limon

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Karla C. C. E

O olhar de Lauren se perdeu. Um minuto. Dois minutos. Três minutos.

Meu deus.

Vou levar um fora! Mas que porra! Onde eu estava com a cabeça em pensar que ela aceitaria sair comigo? Até então uma completa estranha para ela? Ai meu Deus eu sou uma completa idiota.

Quatro minutos. Cinco... porra cinco minutos. Eu falei minutos? Isso talvez tenha sido um pouco exagerado, e eu tenho certeza de que esse "um pouco" é eufemismo. No máximo, só se passou um minuto. Mas ainda sim, é muito. Qualquer segundo para uma pessoa ansiosa é demais, nunca duvidei disso.

- Lauren... você não precisa aceitar - falei rápido e um tanto insegura. Não queria levar um fora dela, ela realmente me atraiu - Se você não quiser é só falar, eu vou entender... -  Talvez eu realmente não tive noção do tempo que passou, mas isso pareceu como uma resposta imediata de quem percebe, em questão de segundos que falou algo idiota. Talvez o que eu pensava ser minuto, não passará de pouquíssimos segundos. Pensei em acrescentar mais alguma coisa, porque agora realmente ficou um clima estranho. - Okay, dá só pra fingir que...

Estou sonhando? Que porra é essa? Ela não ia me dar um fora? Porque ela está me beijando? Acho que talvez eu esteja pensando demais, como se esse fosse meu primeiro beijo inesperado. Não, definitivamente esse beijo está sendo melhor do que o meu primeiro beijo. Muito melhor.

Ela ainda continuou a me beijar, seu beijo era simples, sem tenção envolvida ou algum tipo de sentimento extravagante, provavelmente com um pouco de desejo mas nada muito além disso. O beijo era simples mas isso não o fazia ser menos gostoso.

O beijo ainda não era profundo, coisa que eu queria e que talvez só dependesse de mim, afinal eu ainda estou aqui divagando sobre o beijo repentino que ela resolveu me dar no meio do meu diálogo e minha ansiedade, aliás, o que aconteceu com a tal? Evaporou.

Resolvo finalmente parar de divagar e correspondo seu beijo tendo agora a "profundidade" que eu queria que tivesse desde o início.

Em pouco tempo o controle que ela estava tendo enquanto eu divagava (lê-se surtava), ela perdeu. Dominei completamente o beijo, colocando minha mão em sua nuca tentando fundir-la a mim, se é que isso é possível. Deslizei minha língua por seu lábio inferior e ela logo entendeu, me dando passagem para serpentear sua boca, que estava com um gosto divino de morando e álcool. Por falta de ar, fui parando o beijo aos poucos. Mordi seu lábio inferior trazendo-o para mim o suguei em seguida dei um último selinho, antes de me separar completamente. Lembrando que, o término foi por falta de ar, passaria minha vida  beijando-a se fosse possível.

- Bom... - ela pareceu desnorteada, parecia estar  se recuperando, e então prosseguiu - Se isso é uma prova do que esta por vir... Quer ir no meu carro, no seu ou de táxi? - Bom. Bom... Quer dizer Bom, não. Ótimo. Ela não me deu um fora. E... e eu vou tê-la. Porque eu perderia tempo?

-  Você demorou um pouco pra responder. Achei que ia levar um puta fora agora - falei em um tom divertido pra descontrarir.

- Acho que eu lembro de ter falado a alguns minutos, que eu estava "praticamente tentando te levar pra cama" - falou e gargalhou, á acompanhei - Sua gargalhada é estranha e fofa ao mesmo tempo, é uma ótima combinação aos ouvidos.

- A sua parece a de um bebezinho, só que um uma pitada sexy e rouca, por assim dizer - Falei dando a língua pra ela. - Um bebê realmente, não tem nada de sexy, ao contrário de você.

Ela me olhou intensamente e então fiz o mesmo. Se aproximou e umideceu os lábios, acompanhei o movimento com os olhos e engoli seco. Olhei novamente em seus olhos, como se pedisse permissão, ela respondeu descendo os olhos pros meus lábios. E então a beijei novamente. Ela colocou a mão na minha cintura e eu entrelacei meus braços em volta do seu pescoço. No meio do beijo, nossas línguas se intrelaçavam o que era uma sensação muito boa e diferente de todas as outra vezes. Ela mordia meu lábio inferior e puxava um pouco de ar, para que o beijo durasse mais tempo, eu fazia o mesmo, mas ao invés de morder eu o sugava. Ela parou o beijo com uma última mordida no lábio inferior.

Wrong To HitOnde histórias criam vida. Descubra agora