XVI - Lover, teacher and nanny

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Começar com um: foi mal pela demora
Vou tentar ir mais rápido.

Eee isso aqui tá com mais views do que eu já poderia imaginar 😍

Enfim...

(...)

Lauren Michelle J. M.

Mais ensurdecedor do que qualquer outro barulho, por mais auto que seja, é o silêncio.
O silêncio te corrói, faz sua cabeça pensar em milhares de coisas, falas e situações diferentes.

A única coisa que consegui pensar em ver aquela Camila, em frente a porta da minha casa, no lugar em que deveria estar a mulher que eu iria confiar minha vida, vulgo meus filhos, foi: só pode ser algum tipo de brincadeira.

Eu vi o espanto em seus olhos, no instante em que me observaram abrir a porta, o que só pode significar que ela não sabia, nem de longe, que se tratava da minha pessoa. A Lauren com quem ela...

Considerando o lugar em que a conheci, a ideia de ela ser amiga da Verô não soa nenhum um pouco impossível, muito provável, aliás. Mas a questão é, o que faz Verônica confiar nela? Ou além, o que faz Verônica acreditar que eu vou confiar à ela meus filhos? Certo, não me leve a mal. Ela me pareceu sim uma ótima pessoa, além de ótima na cama, mas a questão aqui não é essa e não passa perto disso.

Qual é a intenção para ela querer esse emprego? Ela não me pareceu e não me parece precisar dele, simplesmente pelo tipo de roupa que ela usa, que não se encaixa nem na classe média e muito menos na baixa. Uma pessoa que usa jaqueta da Armani e um um salto agulha Louboutin não me parece nem um pouco estar precisando de uma rendinha extra.

Me chame de paranóica, mas são meus filhos. E é ela! E... Que droga. Por que não estamos falando algo?

Após meu mini surto ao ver ela na entrada, ela respondeu apenas um "Sim, eu. Tem algum problema? Acredite, eu estou tão chocada quanto você." Eu apenas sussurrei um não, engoli saliva em seco e dei espaço pra ela entrar.

E cá estamos nós, na minha sala de estar, sentadas no meu sofá cinza chumbo com uma distância considerável entre nós e em um silêncio que, só agora, parece começar a ficar incômodo. Só agora porque, até então, ela parecia estar processando assim como eu, mas agora parece que o tempo já foi mais do que o suficiente. Quando decido finalmente quebrar o silêncio, escuto sua risada cortando meus pensamentos e seguida por uma pergunta.

- Posso te fazer uma pergunta? - apenas concordo com a cabeça não querendo antecipar tal pergunta e ficar louca, e ela veio rápido demais para que eu se quer cogitasse. - Você não mentiu o seu nome, certo? Por que até alguns minutos atrás, eu te conhecia por Lauren e agora, você virou uma Michelle, com roupas sociais e tudo. - não consegui controlar minha risada. Ela parecia realmente achar que eu menti meu nome.

- Na verdade, eu tenho distúrbio de dupla personalidade. - falo seria demais, tanto que seus olhos se arregalaram instantâneamente fazendo com que eu não conseguisse controlar a rigidez do meu rosto nem mais um segundo para começar rir novamente, dessa vez mais alto e com ainda mais vontade. - a sua cara foi ótima, mas foi brincadeira. - aos poucos minha risada cessa, até que eu possa continuar minha fala. - E não, eu não menti. - estico minha mão à sua frente em forma de cumprimento - Muito prazer, Lauren Michelle.

- Oh, oh. Eu realmente pensei não saber onde eu acabei de me meter e na possibilidade de eu estar em perigo, confio muito em Verônica, mas não a minha vida, ela é desnaturada.

- Então você é mesmo a amiga de quem ela me falou, certo? - falo, agora acreditando que não era um tipo de brincadeira ou coincidência. Vejo à concordar com a cabeça.

Wrong To HitOnde histórias criam vida. Descubra agora