Karla C. C. E.
O sorriso malicioso mais lindo que eu já vi diga-se de passagem. Encerrando o beijo desci meus olhos até sua boca que se encontrava em um tom mais escuro e ainda mais apetitoso, subi novamente meus olhos até os seus. E que belo par de olhos.
São como... não sei bem como explicar, se é que eles tenham alguma explicação, mas a sensação de olha-los é como se, você não soubesse nadar e mesmo assim se jogasse de cabeça em um mar profundo, desejando morrer alí. Você não se debateria, não se assustaria. Fluturia sobre as águas e devagar fosse afundando e ao passar um tempo, que talvez não fosse muito mas que *durasse tanto*, você começaria sentir o incômodo que obviamente viria nos pulmões, que aos poucos clamariam por ar, cada vez mais desesperado. Mas apesar de ser um incomodo, uma dor insuportável você quer sentir aquilo. Você sabe desde o começo o risco, mas você não se importa em tê-lo.
Foi o que eu senti, incômodo nos pulmões. Nem tinha percebido que estava predendo ar até sentir esse incômodo, por um segundo pensei que ela pudesse ver através dos meus olhos, pudesse enxergar minha alma ou algo do tipo. Ver não só a Camila, que sai várias noites e vai para cama com vários alguéns por uma única noite, por satisfazer seu prazer. E sim a Camila, a Karla Camila Cabello, a professora que deseja ser amada e ter a quem proteger de corpo e alma.
Isso me assustou. Fez com que meu coração saisse do ritmo e passasse a bater freneticamente. Como se eu mesma fosse um segredo guardado as sete chaves que temia ser discobrido.
Graças a Deus isso não durou muito. Ela logo sorriu tímida abaixando um pouco a cabeça e logo voltando a me olhar, talvez pela intensidade do meu olhar sobre ela. Nada mais justo né?
Sua mão direita alcançou meus cabelos um pouco atrás da orelha e fez um carinho gostoso, ainda com a mão alí seu rosto veio em minha direção deixando um beijo casto. Eu não sabia direito o que estava acontecendo a partir daí.
Tudo parecia tão mais calmo do que quando começamos, antes parecíamos desesperadas a chegar num ponto que eu não conseguia destinguir onde ficava meu próprio quarto. Após o beijo ela abaixou um pouco a cabeça novamente e sorriu com a língua entre os dentes, suas bochechas estavam um pouco coradas e isso a fez ainda mas linda. Levei a mão até seu rosto e desenhei com as pontas dos dedos.
- E o que mais você quer provar, Jauregui? Quero dizer, se você ainda quiser alguma coisa. - Falo galante apesar de o momento ser um tanto mais... Não sei a definição para os minutos anteriores.
- Você tem alguma dúvida sobre isso? - respondeu rapidamente - Seu corpo é incrivelmente maravilhoso, e eu quero provar tudo. Tudo que você me permitir provar.
- Fique a vontade, faça o que quiser, contando que eu goste, tudo bem - falei sapeca. Lauren rapidamente levantou seu corpo e ficou por cima de mim sentando em meus quadris.
- Farei o possível para lhe agradar, prometo. - e então mais uma vez ela me beijou, desesperadamente como estávamos no incio, não tinha percebido que sentia falta disso até então. Se ela soubesse que me agradou somente me dando a honra de ter provado seu corpo esculpido por deuses.
Parei de pensar e me concentrei em sua língua que sem pedir passagem invadiu minha boca. Ela desceu um caminho até meu pescoço. Seus seios escorregando nos meus pela camada de suor presente. Seu corpo agora meio de lado com a barriga em cima da minha e suas pernas ao lado das minhas. Ela subiu os beijos pelo meu pescoço novamente e foi até minha nuca, arqueei as costas por conta do arrepio que percorreu minha espinha, ela seguiu com os beijos. Senti quando ela chupou o lóbulo da minha orelha me fazendo gemer coisa que não consegui evitar, me reprendendo logo em seguida por ela ter parado no mesmo instante.

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Wrong To Hit
Teen FictionLauren Jauregui, arquiteta com carreira promissora, que mesmo com uma vida considerada mil maravilha por outros, não se sentia completa. Sentia-se pela metade e queria mudar isso. Camila Cabello, professora de crianças de 5 aos 7 anos, baladeira, na...