11 • Toda vez que olho em seus olhos

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BLANCHARD, KAYLE
Paris, France

O cafuné de Philippe me transmitia o sossego que minha mente não fornecia. Eu ainda estava pensativa pela resposta que dei a ele. Eu não quero tomar uma decisão precipitada, me sentir arrependida e fazer ele se sentir usado.

Como eu me senti.

Ao nosso redor, nossos amigos conversavam animadamente, até esquecendo do tempo passar. Quando Gabriel anuncia é que eles se lembram de fato e se levantam para caminhar até a cozinha e começar os preparativos para o jantar. Pisco, me levando de volta a realidade e sinto os dedos de Philippe pararem com o carinho.

- Phil?

- Hm? - e me levanto, olhando em seus olhos.

- Você não vai fazer isso novamente, não é?

- O quê?

- Não vai me fazer sentir usada co... - e ele me interrompe, fazendo eu morder meu lábio inferior em nervosismo.

- Você ainda sente insegura, certo?

O silêncio que nos cerca me incomoda e claramente que o incomoda em triplo porque ele é quem aguarda por uma resposta. A verdade é que eu não sei... Eu nunca fui certa de meus sentimentos mas Philippe consegue criar um nó maior.

- Olha, Kayle... No momento eu estou me sentindo a pessoa mais sortuda do mundo por ter você ao meu lado como namorada mas se você não quiser de fato, não precisa ficar comigo - e no que ele murmura, eu engulo secamente e brinco com meus lábios com os dentes, brincando com seus dedos num olhar baixo.

Consigo ouvir seu suspiro pelo silêncio e quero me beliscar por não conseguir ter reação à tudo isso. Como se eu estivesse ignorando os sentimentos do jogador.

- Podemos ser melhores amigos... Como antes - meu olhar viaja até o seu novamente e ele solta um meio sorriso triste, deixando um beijo em minha testa. - Então apenas amigos!

E toda vez que eu olho em seus olhos eu vejo que você é tudo que eu preciso

Suspiro pesadamente como ele tinha feito antes e o puxo pelo abraço, fazendo ele se virar para mim novamente.

- Amigos caralho nenhum! Eu aceitei namorar com você e não brinquei... Estou namorando e me sinto a pessoa mais sortuda do mundo igualmente - e meus lábios vão de encontro com os seus.

Eu não me considero nenhuma beijoqueira e não que eu tivesse beijado todas as bocas do mundo mas ainda assim, os lábios de Philippe conseguiam transmitir a melhor tranquilidade. Quando nossas línguas se chocam e sua mão sai das minhas costas para a minha bunda, alguém berra:

- Ô, CASAL! ESSE JANTAR NÃO SE PREPARA SOZINHO! - me solto de Philippe que me dá um selinho e olho para Gabriel que tem uma toalha de prato no ombro e uma panela na mão.

- POR ISSO MESMO VOCÊS ESTÃO AÍ! - retribuo o grito e ele ergue o dedo do meio.

- MELHOR VIR SOZINHA PORQUE EU NÃO VOU SOLTAR ESSE CELULAR PARA TE PUXAR PELO CABELO!

- 'TÔ INDO, INFERNO! - rolo os olhos e Philippe me puxa pela nuca, me levando para outro beijo.

Você é tudo que eu preciso

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