16 • Esquecer

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BLANCHARD, KAYLE
Rio de Janeiro, Brasil

Tudo na festa está animado. Marcelo fez questão de convidar cada pessoa que conheceu e esquecer de algumas raízes internacionais, passando nas caixas de som, dos funks mais antigos ao mais atuais, samba e tudo que a cultura brasileira dava.

No momento tenho uma garrafinha de água já vazia e danço acompanhada de Íris e Clarice que rebolam freneticamente, como eu.

— Eu 'tô com sede, já volto!

O aviso foi em voz alta mas nenhuma das duas ouviu por isso dei de ombros e me aproximei do bar, pedindo ao barman contratado, uma Skol.

Enquanto o mesmo procurava pela mais gelada conforme o pedido, sinto uma segunda presença e viro minha cabeça mas ainda assim me apossando da latinha pedida, vendo o sorriso nos lábios do jogador.

Hey! — ele solta um sorriso mais largo e eu apenas molho os lábios e abro a lata amarela o encarando.

— Oi! Está tudo bem?

COUTINHO, PHILIPPE
Rio de Janeiro, Brasil

Confesso que não sentia tanta falta do solo brasileiro pela visita há dias atrás mas é sempre uma sensação nova pisá-lo. A enorme casa pulsava pelas ondas sonoras do funk tocado em alto volume.

— O Asensio fisgando mais uma mulher, ele não cansa.

O comentário de Cristiano me faz rir e assim, olhar na mesma direção que seu olhar apontava, vendo o jogador referido e uma mulher...

Arregalo os olhos por conhecer aquele ves... Puta que pariu!

Meu Deus, é a Kayle!

Arthur que também estava envolvido na conversa se engasgou com a cerveja, ganhando palmadas nas costas do jogador português.

— Meu Deus, cara... E tu 'tá parado aí? Vai fazer alguma coisa antes que o garanhão... —

— Arthur, ela não vai ceder... Ela é minha namorada, eu confio nela — asseguro.

Depois de alguns segundos de transe, meu colega de time levanta as duas sobrancelhas e volta a tomar seu drink, sumindo com Cristiano minutos depois. Na verdade não consigo identificar o exato momento por meu olhar estar ocupado.

— P'ra onde 'cê 'tá olhando?

Agora quem se aproxima é Gabriel que tinha as mãos nos bolsos das bermudas jeans que veste. Na verdade só o identifiquei pela fala porque se o olhasse de baixo para cima ia identificá-lo como Paquetá.

— P'ra Kayle... — suspiro e pego a garrafa de Whisky. — Ela 'tá conversando com o Marco no bar.

— Pelo menos você não é daqueles caras escrotos que faz show e dá uma de Hulk derrubando tudo pela frente... — seu comentário me faz rir.

— Eu vou ficar na minha e beber um pouco de Whisky p'ra relaxar... Eles só 'tão conversando — falo com indiferença e sirvo whisky em outro copo, esticando para Gabriel que agradece e o vira aos poucos na boca.

O tempo passa com calma e sinto minha cabeça pulsando enquanto converso com Gabriel mas nada mais que isso por isso permaneço calma. Me levanto apenas para pedir por mais uma garrafa que acompanhado de Gabriel acabei e ele concordou, avisando que ia conversar com alguém que já deletei o nome.

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