Capítulo 19.

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AVISO: Esse capítulo tem passagens entre o passado e o presente. Além de está dívida e focada nos personagens do Taehyung, Hoseok, e Seokjin. Sendo na parte do Jin e do Taehyung, que contém as trocas de tempo.

Podia se dizer que nada era como Taehyung esperava. Sua vida nunca foi fácil, e do começo ao fim, viu dificuldades em torna-la algo que se pudesse viver sem querer desistir de tudo a cada minuto que se passasse. Não era o tipo de pessoa que reclamava, na verdade, era raro os momentos em que pensou no quanto sua vida estava virada de cabeça para baixo e predestinado à isso, - quando se viu completamente apaixonado por uma pessoa tão ou mais problemática que à si próprio - consequentemente.

Mas, o destino que o movia tinha dessas e não poderia estar mais acostumado.

Quando finalmente conseguiu abrir os olhos, sem que a dor entorpecente da lesão feita em seu estômago o fizesse gemer de dor, pensou em quanto tempo estava naquela cama, sendo dopado diversas vezes sem ter notícias de Hoseok. A última vez que acordou, lembrava-se vagamente de duas silhuetas, mesmo que borradas, poderia dizer que era seu primo, conversando, talvez, com um doutor. Eles diziam algo sobre hemorragia interna, e sequelas após a cirurgia, vendo que teve um ferimento grave em um local delicado. Mas, ele realmente havia passado por uma? Sua situação era tão precária assim?

Tentou erguer a coluna, mas em nenhum momento foi capaz de fazê-lo, uma vez que a cada movimento que efetuava, a ferida por baixo de sua gaze latejava, avisando que ela ainda se encontrava alí, e que demoraria para cicatrizar. No entanto, fosse esse o único de seus problemas naquele momento, até que poderia lidar melhor com o assunto. Mas, além daquela dor realmente incomodativa, sua cabeça era o que mais lhe atordoava.

Qualquer manear com a mesma, tinha a sensação de estar em um carrossel, ou em uma daquelas xícaras malucas, rodando sem parar. Tal sentimento lhe embrulhava o estomago, e lhe fazia querer vomitar tudo que poderia ter em sua barriga. Para piorar, sua visão ainda estava desfocada, assim como todo seu corpo, que ainda estava muito lento para as explosões de perguntas que seu cérebro mandava a cada segundo. Odiava se sentir daquela forma; sem ação ou reação.

Era como se não pudesse fazer nada, e de fato, não podia.

Decidiu permanecer deitado, mas agora, com uma posição decente, que não o fizesse se sentir como um incapacitado.

As memórias em sua mente se encontravam bagunçadas, então, quando cada fragmento que achava relevante para responde-lo de sobre como tinha ido parar alí surgia, era fielmente separado, e guardado. Para uma possível conclusão.

Meia hora, exatamente meia hora depois foi o que levou pra formular o que tinha acontecido realmente, após adentrar aquele quarto, e visar um homem abusando de Hoseok. Se aproveitando de seu corpo como se ele fosse um mero brinquedo descartável e sem vida. O usando a ponto de machuca-lô, e quebra-lô em pedaços.

Céus, aquilo lhe fazia pensar sobre a profissão que havia escolhido para si. Como poderia seguir aquela carreira, quando não conseguia nem sequer ajudar alguém que amava? Como poderia achar que salvaria vida de alguém, quando foi capaz de destruir uma?

Minutos se passavam. Quanto mais pensava no que havia acontecido, mais se perguntava se era o suficiente para o Jung. Questionamentos sobre o que realmente podia fazer por ele, lhe abatia, como um indefeso animal. Era horrível ter que pensar, ter que recriar tudo o que viu. Era doloroso, tão doloroso quanto seus machucados. Tão cortante quanto o objeto que lhe atravessou, e tão anestésico quanto as drogas lícitas que lhe causavam pouco alívio, mesmo que esse efeito fosse reverso, pois na verdade se sentia impotente, alguém de uma grande insignificância, já que não era nem mesmo capaz de cumprir com uma simples promessa.

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