Capítulo 20.

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Jin olhou para o céu através da janela de vidro na qual adornava sua cafeteria preferida. Ponderando sobre sua conversa com Dakho, qual aconteceu poucas horas atrás.

Sentia seu peito doer, pois seu coração batia em uma frequência um tanto descompensada.

Ainda não acreditava no que lhe foi contado, e por esse motivo, não falou com seu dongsaeng sobre a ligação.

As palavras do outro ainda divagavam sua mente. Era tudo tão confuso que não acreditaria nelas até que visse pessoalmente aquele que as dissera.

Poderá mesmo ser verdade? O que Dakho ganharia mentindo dessa forma? Nada, não é? Então ele era mesmo quem dizia ser?

Eu não sei... "

E ele não sabia. 

Por isso estava alí, para descobrir a verdade. Para saber o quão real era àquela história.

— Boa noite. Você é o Kim Seokjin, certo? — Um estranho perguntou assim que se aproximou de sua mesa.

Sua voz era carregada de seriedade, mas suas feições era de alguém tão nervoso quanto o próprio Jin, que ao fita-lo, pressionou os punhos tremulos. Levantou-se rapidamente, e em uma reverência, comprimentou o mais velho.

— S-sim. — Foi a única coisa que conseguiu dizer, antes de ser retribuído pela educação alheia.

Ambos endireitaram a coluna. Pálidos pelo assunto que viria a seguir, se encararam, sérios e procuraram se sentar, ainda ansiosos.

Dakho sorriu minimamente e se sentou, apoiando suas mãos juntas em cima da mesa. Conforme recebia o olhar avaliativo do mais novo, que acompanhou-o no ato.

— Obrigado por vir. — ele falou, após desfazer o sorriso aparentemente gentil. — Pessoalmente, a conversa será mais produtiva para nós dois. E talvez, mais compreensiva. — Jin assentiu em silêncio.

O homem o olhou, esperando uma resposta, mas o acastanhado estava um pouco surpreso para disfarçar a expressão curiosa e minuciosa que desferia para si.

— Vim direto do trabalho, por isso estou tão formal. — Esclareceu, ao notar que o rapaz fitava suas vestes. — Sou médico, ou melhor dizendo, psiquiatra. — O Kim deixou com que seu olhos se arregalassem um pouco, e para que o homem a sua frente não notasse, passou a fitar o cardápio, aonde havia vários nomes de café.

— Ele, ele se parece com você... — Deixou escapar, mas logo corou ao notar que havia dito em voz alta algo que estava em seus pensamentos.

Outrora, ao ver que o mais velho sorriu de forma alegre ao ouvi-lo, sentiu um certo alívio. Ele estava feliz por seu filho se parecer com ele, não é? Ele se importa com ele certo?

Céus, já estava acreditando nas palavras de Dakho tão facilmente.

"É melhor não criar esperanças, Seokjin. "

— Então... — Se adiantou, agora com o olhar firme. — Quer alguma coisa antes de começarmos? Eu estava esperando o senhor chegar, por isso não pedi nada. — Dakho assentiu e visou brevemente o cardápio.

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