Breaking Ties in Hollywood

Masp

Dia 09 de dezembro, 10h da manhã

Algumas horas após deixar a Tessa no Hotel

Antes de voltar a América, gostaria de ir ao Masp, e não tenho certeza se a Tessa ainda estará aqui. Resolvo arriscar convidá-la. 

Mensagens On:

— Hey, você volta hoje para Los Angeles? - Aguardo a resposta. Impaciente, resolvo ir tomar um banho e comer enquanto não recebo resposta alguma. 

[10:10:15] Hey Brie, não, meu vôo só sai pelas 2h da madrugada, então ainda tenho um dia de folga. Por que? Está querendo me raptar antes disso? - Até por mensagens ela insinua coisas, incrível. — Desculpa a demora, eu só acordei agora. 

[10:12:11] Tess, claro que estava em meus planos te raptar! Estava pensando em roubar seu papel no MIB há um tempo... - Comento e aguardo sua resposta, que dessa vez não demora a chegar. 

[10:12:55] Eu acho que o Hemsworth não aprovaria. De qualquer maneira, você ficaria hot as hell em um suit and tie. 

[10:13:25] Tessa!!!! Você não cansa de flertar? Achava que isso era só pessoalmente para me deixar fora da caixinha mesmo. - Depois que digitei isso vi ela digitar e apagar algumas vezes, até que o Facetime toca, era ela. 

Facetime On:

— HEY! HEY! Hey, bom dia! - Ela fala animada e eu estava tentando fingir indiferença,aparentemente ela notou. — Qual é Brie, você não gosta de flertes? 

Eu não sei o que falar, apenas fico a encará-la de forma que ela estava achando engraçado, pois não parava de rir. 

Até que ela volta a falar: — Você precisa se divertir, aliviar a tensão, levar as coisas mais na esportiva. Que tal sair? Você viaja hoje ainda? - Ela fala e eu fico indignada como as coisas não seguiram da forma que eu planejei.

— Qual é, assim não vale!!! Eu te chamei nas mensagens com esse propósito. - Ela ri da minha indignação. 

— De que horas e onde? - Ela fala coçando os olhos, procuro encontrar o meu relógio entre os objetos que estão sob a mesa e o encontro, para então voltar a encará-la

— O famoso Museu de Arte de São Paulo, às 14h, tudo bem para você? - Ela assente. 

— Marcado, vou me preparar e comer, daqui a pouco, tipo assim... Quase quatro horas nós estaremos no Museu. É Para admirar as obras ou você?

— Os dois, eu acho. - Rimos e com isso, nos despedimos para seguirmos com nosso cronograma de entrevistas para algumas rádios locais em alguns minutos. 

Facetime Off. 

No Masp

— Você sempre gostou de arte? - Tessa me questiona. 

— Para ser sincera, não me lembro, mas acho que sim. Sempre amei a teoria que fala das cores ligadas aos nossos sentimentos, e todas essas coisas. Você não? - Ela põe a mão no bolso e parece pensar. 

— Eu não consegui denominar o que era arte por muito tempo, mas ainda assim, sempre gostei. Sabe quando você sente coisas que não entende, mas você quer entender a todo custo? - Confirmo e ela volta a falar: — A arte é isso para mim. Você é como arte. 

— Você não me entende? - Eu falo, sem não compreender em que ponto ela queria chegar. 

— Eu entendo até onde você permite, e acho isso muito pouco. Você não? - Quando ela se aproxima, meu coração parece querer criar pernas e sair correndo, a Tessa trazia aquela sensação de que a todo momento eu estava em perigo... Em perigo de me desmanchar sob suas palavras. 

— Hum... - A vejo se aproximar e me desespero com alguns olhares curiosos. A empurro levemente pelo ombro e falo: — Essa obra aqui em pé e nem para você tirar uma foto. - Digo apontando a mim própria e ela ri tirando o celular do bolso. 

— Na verdade, eu estava me segurando para não fazer isso desde que entramos. 

Ok. Eu me sinto ainda mais gay quando ouço essa mulher falar. 

Ela tira a foto e me manda para que eu possa compartilhar no Instagram. Abro o aplicativo e antes de publicar, acrescento a legenda: "Meu lugar feliz está sendo cercado por obras de Rubem Valentim"

Após apreciar toda aquela áurea, nós seguimos para o hotel.