Linha tênue

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- Não há como mais Kakashi, depois disso sinto que minha vida virou do avesso mais uma vez e tudo que mais quero agora é vê-la de novo, é arriscar tudo, preciso disso para conseguir continuar, sem isso não terei mais racionalidade, eu preciso ao menos do amor da minha filha. Você não viu, mas eu vi, aquele rostinho, aqueles olhinhos tão iguais aos meus, a doce forma como me correspondia sem ao menos me conhecer ainda.

- Sasuke eu não sei nem o que pensar, vamos ter que reformular todo o esquema novamente.

- Sim, não posso deixar de ter contatos com minha filha mais.

- Você não pode de nenhuma forma deixar que o Kizashi saiba de seus planos contra ele, de seu interesse pela filha dele, e de seu paradeiro, pois o próprio sabendo o Hidan também saberá, e estaremos perdidos.

- Eu sei, sei que estávamos perto de reunir todas as provas contra aquela máfia horrenda que cerca a Sakura sem ela mesma saber, porém, eu sei que você me entende.

- Tudo bem, mas tenha cuidados quando for, agora mais do que nunca ao também envolver uma criança precisaremos de cautela, sabe que já estão desconfiados de mim, não vou poder acompanhá-lo até lá.

- Eu vou dá um jeito de deixar em sigilo entre eu, Sakura e minha filha.

- Faça isso, e me mande notícias quando estiver tudo combinado, quero garantir a segurança de vocês.

- Certo, obrigado meu amigo – nos despedimos em um forte abraço na porta de meu apartamento.

Estava sentindo uma fisgada no peito que não passava, aquela fisgada de receio de que algo dê errado de novo e ponha em risco tudo que sacrifiquei.

Ao menos ver Sakura seria um alivio, ao menos ter minha filha seria meu estimulo para não deixar de lutar.

Voltei ao quarto sem parar de pensar, sem parar de imaginar uma nova situação que me faça reencontrar com elas.

Meu notebook estava aberto encima da cama, me deitei nela novamente o colocando sobre meu colo, estava nas últimas duas horas tentando dar um jeito de adiarem meu compromisso em Los Angeles para o dia seguinte.

Hoje não esmagaria meu coração mais uma vez, hoje finalmente correria atrás do que ele me mandava.

Quando conseguir o aval dos contratantes em Los Angeles, me levantei rapidamente indo me arrumar, tinha um ensaio para coordenar no centro de convenções, mas, nem que atravessasse a cidade inteira eu não deixaria de arranjar tempo e dar um jeito.

Ao sair do banho meu celular tocou, o atendi deixando o viva voz ligado, era o Itachi, ao ele começar a falar, voltei a me arrumar adequadamente;

- Irmão, passa aqui em casa depois do horário de trabalho.

- Vou tentar passar sim, pode deixar.

- Quero saber tudo, estou com tanta raiva, você não tem noção.

- Não fique com raiva, eu sei perfeitamente o porquê Sakura escondeu isso de mim, ela tem suas razões, não vou culpar ela por nada, apenas quero ter o direito de ver minha filha, sei que não vai me negar isso.

- Pelo que a Ino me contou ela e o pai dela vão sim de todas as formas.

- Eu acho que não Itachi, sabe, a Sakura ela tá magoada comigo, mas eu a conheço, o coração dela é gigantesco, ela não faria.

- Se ela lhe impedir a gente entra na justiça.

- De jeito nenhum, fica tranquilo irmão, eu sei que Sakura não vai me negar isso.

StigmatizedOnde histórias criam vida. Descubra agora