18-Acabou

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Pov's Seeylfe

Dei batidas na porta.

- Entre.

Engoli o seco e abri a porta, entrando no escritório e vendo papai sentado atrás da sua escrivaninha.

Ele ergueu o olhar para me encarar e arqueou uma sobrancelha.

- O que você quer? - questionou - Se veio mais uma vez, dizer que ama aquele rapaz, pode tirar o cava...

- Eu vim fazer um acordo - declarei.

Ele levantou as sobrancelhas surpreso.

- É mesmo? - indagou.

- Sim - confirmei.

Ele franziu a testa.

- Feche a porta - pediu.

Fechei a porta atrás de mim e me aproximei.

- Eu vou terminar com Dag, se o senhor me der o que eu quero - relatei.

Essa seria a pior decisão da minha vida, mas... Eu estava sem opções. Precisava ajudar Dag e Astrid.

- Mas porque isso agora? Estava convicta de que amava o Hofferson - comentou intrigado.

- Não importa o que eu disse. Está interessado ou não? - perguntei aborrecida.

Ele me encarou curioso.

- O que você quer em troca? - questionou.

- Eu quero que retire a acusação de assédio contra Dag - respondi.

- O que? De jeito nenhum! - negou alterado.

- Então vou continuar namorando o Dag - alertei cruzando os braços.

Ele bufou.

- Você nunca mais chegará perto dele - exigiu - Não falará com ele e nem sequer olhará pra ele. Se quer que eu retire a acusação, tem que aceitar os meus termos.

Suspirei.

- Feito - afirmei.

(...)

Na casa dos Hofferson...

Assim que tranquei meu carro, caminhei até a porta, sentindo meu coração acelerado.

Ergui minha mão para bater na porta, mas paralisei em seguida.

-FLASHBACK ON-

Suspirei, aninhando-me ao peitoral desnudo de Dag.

- Queria que o tempo congelasse... - desejei.

Dag suspirou.

- Eu também - concordou - Seeylfe... Não podemos mentir pro seus pais pra sempre.

Bufei frustrada.

- Vai ser horrível - afirmei.

- Ei - chamou me fazendo encará-lo -Aconteça o que acontecer, eu vou te amar pra sempre.

Sorri emocionada.

- Eu também vou te amar pra sempre -garanti o beijando.

-FLASHBACK OFF-

Meus olhos se encheram de lágrimas, mas as enxuguei rapidamente.

Oh Dag... Espero que um dia, você possa me perdoar...

Respirei fundo e então, bati na porta.

Pov's Dag

Fechei o livro, colocando-o em cima da mesinha de centro e me levantei do sofá, indo até a porta.

Quando a abri, me surpreendi ao dar de cara com Seeylfe.

- Oi! - sorri aproximando meu rosto para beijá-la, mas ela recuou.

Ajeitei-me, confuso e constrangido.

- Aconteceu alguma coisa? - questionei.

Ela passou por mim e entrou em casa.

- O que vou dizer será breve - declarou - Eu quero terminar com você.

Arregalei os olhos em choque, fechando a porta.

- O que você disse? - indaguei assustado.

- Você ouviu - garantiu séria - Não podemos mais ficar juntos.

- Seeylfe, se o seu pai está te obrigando, nós podemos dar um jeito... - sugeri.

- Meu pai não está me obrigando a nada - me cortou - Eu decidi isso sozinha e eu decidi, que não quero mais ficar com você.

- Assim? Do nada? - perguntei incrédulo.

- Isso foi um erro, Dag! Nós... - apontou pra si e pra mim - ...fomos um erro! Eu não percebi antes porque eu estava cega, mas agora eu percebo que não podemos ficar juntos.

Meus olhos se encheram de lágrimas.

- Estava cega? - comentei melancólico - Significa que não me ama mais?

- Dag... - pediu.

- Responda a pergunta, Strondus - exigi cerrando os dentes.

Ela engoliu o seco.

- Eu não sei mais o que eu sinto - confessou.

Cerrei os lábios.

- Tá certo - murmurei -Nossos caminhos se separam aqui, ou seja, a partir de hoje, você passa a ser apenas a melhor amiga da minha irmã.

- Eu sou sua aluna também - lembrou.

- Não tem como ficarmos no mesmo ambiente depois de tudo o que houve - afirmei - Saí da minha casa.

Ela segurou o choro e passou por mim, saindo de casa e fechando a porta.

Não aguentei e comecei a chorar.

(...)

Minutos depois...

Pov's Seeylfe

Entrei na mansão chorando e dei de cara com papai, sentado no sofá da sala.

- E então? Como foi? - questionou.

Cerrei o punho com força.

- Eu terminei com o Dag - declarei - Apenas cumpra a sua maldita parte do acordo!

Comecei a me afastar e subi correndo as escadas para o segundo andar.

Corri pro meu quarto e me joguei na cama, chorando inconsolável e angustiada.

- Seeylfe?

Me sentei na cama, vendo mamãe, parada na porta.

- Você terminou com ele para ajudá-lo... - deduziu se aproximando de mim - Você ama mesmo ele...

Solucei.

- Foi a coisa mais difícil que eu já fiz mãe - confessei aos prantos - Eu não sei como vou viver sem ele.

- Oh minha filha... - lamentou me abraçando.

- Isso dói mãe! Dói muito! - chorei angustiada - Faz parar! Por favor!

- Fica calma - pediu enquanto acariciava meus cabelos - Eu estou aqui.

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